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Inspira vence Web Summit (e faltam mulheres no setor)

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Miguel A. Lopes / EPA

Henrique Ferreira, co-fundador da Inspira, recebe prémio na Web Summit

Startup brasileira quer mudar o setor jurídico com IA de ponta. Ministro da Economia destacou qualidades das mulheres.

A startup Inspira, do Brasil, que utiliza inteligência artificial, venceu o ‘pitch’ na edição deste ano da Web Summit, foi esta quinta-feira anunciado.

A tecnológica vencedora tem como propósito remodelar o setor jurídico recorrendo a tecnologias de inteligência articial (IA) de ponta.

A portuguesa Etihack venceu o prémio de ‘startup’ mais promissora da iniciativa Road 2 Web Summit, enquanto a Actif foi distinguida na categoria de impacto e inclusão social e a Jupiter App pelo seu desempenho.

A Etihack, que pretende reduzir a discrepância entre tecnologia e segurança, recebeu, assim, o prémio de 15.000 euros entregue pela Startup Portugal.

De acordo com o cofundador da empresa, André Baptista, a Etihack pretende diminuir o fosso entre tecnologia e segurança, que está “cada vez maior” com o desenvolvimento tecnológico, de modo que haja uma maior confiança “daqui a 10 ou 15 anos”.

A líder da Actif, Sara Gonçalves, apresentou uma solução que pretende combater o sedentarismo das pessoas mais velhas através de uma plataforma com exercícios físicos e cognitivos, tendo sido recompensada com 5.000 euros.

O entusiasmo e o desempenho da Jupiter App no ‘bootcamp’ foram, também, recompensados com 5.000 euros. A solução tecnológica pretende combater a burocracia.

Faltam mulheres

No encerramento da Web Summit, o ministro da Economia defendeu que são precisas “mais mulheres no mundo ‘tech’” e em lugares de decisão e sublinhou que a edição 2023 da Web Summit, pela primeira vez sem Paddy Cosgrave, foi “um grande sucesso”.

Na sua intervenção, de pouco mais de 10 minutos, António Costa Silva apelou mais que uma vez: “Não desistam dos vossos sonhos”.

“Lisboa e a Web Summit são uma grande plataforma de esperança, amizade, de comunhão de pessoas de todo o mundo para desenvolver novas ideias e desafiar os problemas do nosso tempo”, afirmou.

A Web Summit 2023 “é um grande sucesso”, disse, congratulando a nova presidente executiva (CEO), Katherine Maher, que substituiu o cofundador Paddy Cosgrave no cargo.

Na sua intervenção, António Costa Silva destacou a percentagem de mulheres que fundaram as ‘startups’ participantes do evento. “Precisamos de mais mulheres no mundo ‘tech’, nos conselhos de administração e precisamos de mais e mais mulheres” em papéis de decisão, o que arrancou uma salva de palmas da plateia.

“As mulheres têm a extraordinária capacidade” e “uma mente multitarefa”, qualidades que disse ser necessárias num mundo cada vez mais complexo.

O governante sublinhou que Portugal era “um país seguro” e asseverou que os dois maiores partidos que têm governado “partilham de uma visão pró-europeia e a favor da economia de mercado”.

António Costa Silva defendeu que Portugal tem “leis muito competitivas para as ‘startups’” e que o Governo está a refinar o quadro legal, incluindo através de alterações ao regime transitório para os residentes não habituais.

“Estamos a corrigir o nosso Orçamento do Estado para incorporar os trabalhadores das ‘startups’, para ser ainda mais competitivo”, afirmou.

Aquela que é considerada a maior cimeira tecnológica do mundo arrancou em Lisboa na segunda-feira à noite e terminou nesta quinta-feira, tendo nesta edição contado com um recorde de 2.600 ‘startups’ presentes. A Web Summit contou este ano com 70.236 participantes de 153 países.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Pelos vistos, os israelitas não fizeram assim tanta falta. Nem as grandes empresas. Afinal, a Web Summit é dedicada principalmente às startups. As grandes tecnológicas têm os seus próprios eventos.

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