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Moradores denunciam violência policial no Bairro da Jamaica. PSP abre inquérito

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A PSP abriu um inquérito para “averiguação interna” sobre a “intervenção policial” que ocorreu na manhã deste domingo no Bairro da Jamaica, no concelho do Seixal, da qual resultaram vários feridos e um detido. Moradores acusam os agentes de uso excessivo de força.

De acordo a Direção Nacional da PSP, num comunicado esta segunda-feira divulgado, “a intervenção policial [no bairro da Jamaica – Seixal] e todas as circunstâncias que a rodearam irão ser alvo de uma averiguação interna, tendo o Diretor Nacional da PSP determinado, na presente data, a instauração de um processo de inquérito que correrá os seus trâmites na Inspeção Nacional da Polícia de Segurança Pública, sem prejuízo de outras averiguações que venham a ser instauradas por outras entidades competentes”.

Em declarações à agência Lusa e antes da divulgação do comunicado, fonte da Direção Nacional da PSP, a força policial foi alertada no domingo, por volta das 07:30, para “uma desordem entre duas mulheres”, no Bairro da Jamaica tendo sido deslocada para o local uma equipa de intervenção rápida da PSP de Setúbal.

Segundo a PSP, um grupo de homens reagiu à intervenção dos agentes da polícia quando estes chegaram ao local, atirando pedras. A mesma fonte referiu que um agente foi atingido pelas pedras, na boca, tendo de receber assistência no Hospital Garcia de Orta, em Almada. Pelas 16:30, ainda de acordo com a mesma fonte, o agente já tinha tido alta e o homem suspeito de ter atirado a pedra que o atingiu tinha sido detido.

O comunicado da Direção Nacional, no qual é anunciada a abertura de um inquérito interno, foi divulgado após ter sido partilhado nas redes sociais um vídeo amador, com dois minutos, no qual é possível ver-se moradores do bairro a serem agredidos por polícias.

https://www.facebook.com/matxiics/videos/2136377299761867/

Na mesma nota, a PSP refere que os agentes, na sequência de terem sido atacados com pedras, “foram obrigados a solicitar o reforço de uma Equipa de Intervenção Rápida (EIR)”, que teve que “usar da força estritamente necessária para por cobro às agressões” de que estava a ser alvo, “para repor a ordem pública e, ao mesmo tempo, para consumar a detenção do suspeito de agressão ao polícia”. Ainda de acordo com a PSP, “na sequência desta intervenção há a assinalar ferimentos em dois polícias e num civil”.

“Quando chegaram eles [os agentes] nem perguntaram o que se passava. Vieram para bater”, disse Vanusa Coxi, moradora do bairro cujo marido, cunhados e sogra tiveram de receber assistência hospitalar após a intervenção policial, em declarações ao Público.

De acordo com Vanusa, os agentes não saíram do carro assim que chegaram: “Ficaram a olhar. Só saíram quando a discussão cá fora acendeu outra vez, quando elas [as mulheres] começaram novamente a lutar”, assegurando que ninguém tentou perceber o que se passava. “A polícia entrou a abrir. Vinha para bater”, notou ao matutino.

Segundo os Bombeiros Mistos do Seixal, em declarações à Lusa, foram transportados para o Hospital Garcia de Orta seis feridos ligeiros – cinco civis e um agente da PSP.

SOS Racismo apresenta queixa ao MP

Na sequência dos confrontos, a associação SOS Racismo vai avançar com uma queixa junto do Ministério Público (MP). Em comunicado enviado às redações, a associação sublinha que as agressões “são absolutamente injustificáveis e inaceitáveis” e, por isso, o caso deve ser esclarecido e as responsabilidades apuradas.

“O SOS Racismo, tendo-se deslocado ao bairro e ouvido os testemunhos das próprias vítimas e dos cidadãos que presenciaram a intervenção da polícia, só pode condenar veementemente a atuação da PSP e exigir naturalmente o apuramento das responsabilidades”, refere em comunicado a associação.

A SOS Racismo reafirma que “independentemente das circunstâncias e dos contornos em que aconteceu o caso, não se poderão repetir os habituais procedimentos que consistem, de forma expedita, em procurar ilibar os agentes e incriminar as vítimas, com recurso à figura do julgamento sumário”.

O Bairro da Jamaica

O Jamaica, nome pelo qual é mais conhecido o Vale de Chícharos, é um bairro de habitação precária situado na freguesia do Fogueteiro, no concelho do Seixal.

O bairro começou a formar-se na década de 1990, quando populações que vinham dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) começaram a fixar-se em prédios e torres inacabados, fazendo puxadas ilegais de luz, água e gás.

Em dezembro do ano passado, a Câmara Municipal do Seixal deu início ao processo de realojamento dos habitantes do bairro. Na primeira fase, 187 pessoas foram distribuídas por 64 habitações dispersas pelas várias freguesias do Seixal.

Atualmente os terrenos pertencem à empresa Urbangol e, apesar de ainda não estar definido que projetos lá poderão nascer, o município mantém a esperança de que se possa tornar num parque ou um jardim.

ZAP // Lusa

15 Comments

  1. Pois…um policia tem que apanhar, não se pode defender, é isso? As pessoas vão lá para agredir e não querem apanhar, é isso? Já agora façamos como no México, deixemos os gangs organizados tomar conta disto e tornarmo-nos num país sem lei. É por estas e outras que qualquer dia deixamos de ter polícia, é só o que digo!

  2. As imagens são explícitas, os senhores do SOS Racismo é que fazem o julgamento sumário das forças policiais. É para estas associações e os seus lobbies que nós descontamos e alimentamos as suas farsas.
    Porque é que cada vez que existe uma intervenção da policia, sobre gente que não quer acatar a ordem e viver respeitando as leis e constituição do país que os acolhe e porque têm cor diferente, logo aparece essa gente a falar de racismo.
    Qual racismo???
    Não estamos a falar de gente que rouba água? electricidade? que não paga renda? que cria a insegurança e criminalidade?…então porque têm cor diferente os policias são racistas?

  3. Nada como voltarem para a sanzala, estavam lá tão bem e apoiados pela comunada da defunta URSS o progresso por lá deve ser extraordinário e deixem a Europa em paz. O mar Mediterrâneo é testemunha disso todos os dias.

  4. Para não variar, é mais um caso de incompetência e violência gratuita a que a PSP nos vem habituando. Se algum de nós por acaso (e por azar) lá estivesse (afinal é um espaço público…) ia tudo a direito… A policia é uma estrutura muito pouco profissional, que infelizmente atua quase sempre em modo muito amador, como que para resolver brigas pessoais e para se vingar dos “malandros” que se atreveram a atirar pedras aos digníssimos colegas. Ora estes mesmos senhores deviam saber que a violência é o último recurso quando se age profissionalmente em forças de segurança. Alguém viu no vídeo alguma tentativas de acalmar as coisas? Alguma detenção? Alguém algemado? Alguém imobilizado? Alguma tentativa de saber onde estão os desordeiros? Alguma tentativa de identificação dos culpados? Não! Apenas “porrada” e mais “porrada” a todos. Repetidamente! É triste e atroz a falta de profissionalismo, de calma, respeito e sobriedade das nossas forças de segurança. Por mim acabava com esta tropa de polícias-funcionários, que apenas foram para a policia porque é um emprego fácil; só a passar multas e receber vénias. Por acaso têm consciência que a profissão que escolheram é garantir a segurança de outros e que isso envolve elevados riscos, sendo absolutamente necessário ter as capacidades para saber lidar com isso? Por mim iniciava desde já um processo completo de reestruturação da policia (PSP e GNR), baseado numa rigorosa seleção de candidatos com vocação e capacidades psicológicas, criava escolas verdadeiramente profissionais e dava-lhes todas as condições profissionais necessárias ao seu bom desempenho de verdadeira defesa dos cidadãos: bons equipamentos e salários dignos. Até podiam ganhar o dobro… Mas bastavam metade dos que existem agora quase só a fazer “gratificados”. O estado e todos nós sairíamos a ganhar!

    • Exacto… os polícias é que são os bandidos!!
      Tem que levar com pedras na boca e nas viaturas e calar!…
      E claro que deveriam tentar resolver a situação com fores e não com bastões – porque aquilo era tudo gente de bem…
      Enfim…
      .
      Vai lá tu para o meio deles (já que és tão bom como eles) e quando der para o torto, não vás a correr chamar a policia… até porque a policia só dá “porrada” e não tenta “aclamar as coisas”!…
      E, pelo “qualidade” do comentário, duvido muito que sejas mais competente e profissional do que a maioria dos agentes das forças de segurança.

  5. Estas imagens mostram a policia a agir de forma dura e severa, mostram também alguns moradores a agir da mesma maneira com a policia (isso é inadmissível), não mostram no entanto a história toda, e o início da história não está gravado nas imagens que estão disponíveis. Não acredito no entanto que as pessoas que estavam em confronto com a policia acatassem uma ordem de, “.. Pode parar de lutar com a sua vizinha se faz favor?, ou “.. Por obséquio, queira-nos acompanhar até à esquadra para prestar declarações e assim evitar-mos alguma situação mais violenta?”.
    Quando a policia dá uma ordem, cidadão de bem acata e respeita, cidadão que não respeita, tem de ser convencido a respeitar a ordem de forma mais convincente.
    Já agora, existe um paragrafo em que está escrito que os senhores do SOS Racismo CONDENAM esta situação, após recolherem o depoimento das pessoas do bairro.
    – Não ouviram ambas as portes, por isso não podem condenar;
    – Ouviram as “vitimas”, que nem sabem quem são as vitimas pois não sabem que começou os desacatos, por isso não podem condenar;
    – Ouviram testemunhos sem imparcialidade, que conforme as imagens tratam os policias carinhosamente por “Policia de me*da”, por isso não podem condenar;
    – Não são juízes, por isso não podem condenar.

    As pessoas que moram neste bairro, são no entanto muito mais mercedores do que eu perante o meu país, pois se quero ter casa estou a pagá-la e tenho que trabalhar para isso, e a eles, dão-lhas depois de ocuparem terrenos ou construções privadas de forma ilegal, e de roubarem água e energia de forma continuada, a ainda assim chamam ao nosso Portugal, Portugal de me*da.

  6. Estas imagens mostram a policia a agir de forma dura e severa, mostram também alguns moradores a agir da mesma maneira com a policia (isso é inadmissível), não mostram no entanto a história toda, e o início da história não está gravado nas imagens que estão disponíveis. Não acredito no entanto que as pessoas que estavam em confronto com a policia acatassem uma ordem de, “.. Pode parar de lutar com a sua vizinha se faz favor?, ou “.. Por obséquio, queira-nos acompanhar até à esquadra para prestar declarações e assim evitar-mos alguma situação mais violenta?”.
    Quando a policia dá uma ordem, cidadão de bem acata e respeita, cidadão que não respeita, tem de ser convencido a respeitar a ordem de forma mais convincente.
    Já agora, existe um paragrafo em que está escrito que os senhores do SOS Racismo CONDENAM esta situação, após recolherem o depoimento das pessoas do bairro.
    – Não ouviram ambas as portes, por isso não podem condenar;
    – Ouviram as “vitimas”, que nem sabem quem são as vitimas pois não sabem que começou os desacatos, por isso não podem condenar;
    – Ouviram testemunhos sem imparcialidade, que conforme as imagens tratam os policias carinhosamente por “Policia de me*da”, por isso não podem condenar;
    – Não são juízes, por isso não podem condenar.

    As pessoas que moram neste bairro, são no entanto muito mais mercedoras do que eu perante o meu país, pois se quero ter casa estou a pagá-la e tenho que trabalhar para isso, e a eles, dão-lhas depois de ocuparem terrenos ou construções privadas de forma ilegal, e de roubarem água e energia de forma continuada, a ainda assim chamam ao nosso Portugal, Portugal de me*da.

  7. será que o que aconteceu não foi depreposito para terem essa gravação? com essa gentalha preta e de qualquer minuria tudo podemos esperar, menos serem pessoas sivilisadas, como estão abituados a saltar de galho em galho sem ter regras nem deveres vem para ca tentar fazer a mesma vida de animal da terra deles, já agora o jogador do SLB, foi agredido na passem d’ano, vamos dizer racismo tão bem não? que vão para terra deles esses animais

  8. Perfeito! Ora aqui está o preço do multiculturalismo. Estava a tardar a chegar a Portugal. Mas parece que estão a tentar recuperar o tempo perdido. Como se diz na gíria internacional: “A diversidade é a nossa força!” Por isso, continuem a importa-los às dezenas de milhar, a chamar-lhes vítimas de racismo, a dar-lhes subsídios, a dar-lhes habitação, a dar-lhes todas as condições para ganharem a guerra demográfica e, lentamente, ir-se-ão aperceber da crescente influência negativa que têm na vida social e política do pais. Não tarda muito deixaremos de ser considerados um dos países mais pacíficos do mundo. Parabéns à esquerda marxista! Nunca desiludem com o dom que têm para destruir civilizações!
    Enquanto os europeus não desfizerem a lavagem cerebral do último século e compreenderem que o “racismo” é tão somente um instinto natural de sobrevivência e auto-preservação, vamos continuar a ver o mundo a regredir rumo ao caos. É triste…

  9. Que é que estes gajos querem? A Polícia foi chamada. apedrejaram a Polícia sem esta lhes fazer mal algum, a Polícia quis deter o gajo que apedrejou, e os outros juntaram-se e não deixaram deter o gajo. Está mal. Ninguém está acima da lei. Um Polícia levou com uma pedrada na boca sem fazer mal algum. Depois vem o outro a dizes “bosta da bófia” mas quem julga este gajo que está a ofender? Está mal!!!

  10. as geraçoes mais antigas que vieram das ex colonias portuguesas tinham mais valores e cidadania,infelizmente os filhos e netos ,que dizem ter uma cultura africana ,mais baseada na mtv e guetos do USA ,abituados a viver de esquemas e rendimentos minimos ,tem por mania falar em respeito e serem respeitados e nao respeitam ninguem ! aquele senhor que fala das autoridades como bosta de bofia,nao gostaria de ser tratado como bosta de preto ?

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