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Em 100 camiões, 18 deixam de circular: inovação tecnológica nos transportes

“O que existe no mundo do MotoGP é a alta performance e a precisão. O que nas corridas é ser rápido, aqui é ser eficiente”.

É uma plataforma inteligente de transportes, 100% cloud, constantemente atualizada; tem tecnologia patenteada que analisa e prevê o estilo de condução dos motoristas; e conta com elementos de gamificação para incentivar comportamentos mais eficientes.

Estes são os três pontos centrais da plataforma tecnológica da Meight, empresa portuguesa.

Esta inovação contou com a contribuição de António Reis, que trabalhou na equipa KTM de MotoGP, a antiga equipa de Miguel Oliveira no maior campeonato de motociclismo.

“O que existe no mundo do MotoGP é a alta performance e a precisão. O que nas corridas é ser rápido, aqui é ser eficiente”, conta Luís Mendes, CEO e cofundador da Meight, em entrevista ao The Next Big Idea.

Vemos camiões todos os dias. Mas provavelmente nunca pensámos em como está o setor dos transportes rodoviários na Europa: atraso tecnológico (o papel ainda manda), as margens são reduzidas devido a viagens sem carga e aumento dos custos de combustível, os sistemas de TI estão fragmentados e os dados raramente são utilizados na tomada de decisões diárias.

Resumindo, parece que é um setor que não está a acompanhar a mudança dos tempos.

“Um camião faz 11 mil quilómetros por mês, consumindo cerca de 3 mil litros de diesel mensalmente”, continua Luís Mendes.

Por isso, a prioridade desta empresa é combater, pela raiz, a falta de eficiência nos transportes rodoviários.

Esta plataforma está constantemente em actualização, ao contrário do software tradicional, que fica “estagnado durante cinco anos. Hoje em dia, cinco anos no mundo da tecnologia é uma vida”, resume Luís Mendes.

Na prática, em relação ao ambiente: por cada 100 camiões que usam a plataforma, é como se passassem a circular apenas 82. Poupa-se 18%, segundo o diretor.

A tecnologia também facilita a adaptação de motoristas estrangeiros, ainda de acordo com Luís Mendes.

A Inteligência Artificial é ponto-chave na estratégia da Meight: “Toda a parte que envolve as sugestões de alteração do comportamento de condução é uma aplicação pura e dura da matemática. Hoje em dia com os LLMs e tudo mais, nós somos consumidores e também utilizamos a tecnologia para os nossos clientes”.

“Se tivermos uma sugestão errada, um camião vai parar em Marrocos. Isso não pode acontecer. Precisamos de muitos dados para otimizar, mas não tanto para treinar os modelos”, conclui o diretor.

ZAP //

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