As inglesas vítimas de casamentos forçados no estrangeiro, que são resgatadas com o apoio do ministério das Relações Exteriores, têm seis meses para pagar cerca de 880 euros ao Governo.
A situação é avançada pelo The Times, que refere que as inflesas vítimas de casamentos forçados no estrangeiro que são resgatadas com o apoio do ministério das Relações Exteriores têm seis meses para pagar cerca de 880 euros ao Governo.
Se excederem o tempo previsto, as mulheres ficam a dever mais 10% do valor em falta. Segundo o jornal britânico, esta regra obriga muitas mulheres a recorrer a empregos para devolver o dinheiro da viagem, comida e abrigo.
Em 2017, o Governo britânico apoiou 27 mulheres no regresso ao país, um número inferior ao registado em 2015 (55).
Ayaan é um desses casos: a mulher encontrava-se numa instituição religiosa na Somália, onde foi acorrentada, chicoteada e obrigada a casar. Há dois anos, com a ajuda da embaixada, conseguiu regressar ao Reino Unido. No entanto, a liberdade obrigou-a a pagar um empréstimo que lhe causou muita ansiedade. “Deixaram-me sozinha“, conta.
Estas revelações agitaram o Parlamento. Jeremy Hunt, secretário do ministério das Relações Exteriores, afirmou esta quarta-feira que vai aconselhar-se em relação a esta política. “Devemos sempre comportarmo-nos com compaixão e humanidade em qualquer situação, mas quero chegar ao fundo desta questão em particular”, disse.
O ministério reconheceu que esta situação pode agravar a ansiedade das vítimas na altura do resgate, mas lembrou que estão a ser usados dinheiros públicos e que existe a obrigação de os recuperar.
“Inglesas”…
Se for para ir passar uma semana ou duas de férias a uma qualquer ilha das Caraíbas, tudo bem, mas para pagarem quem lhes salva a vida, “pára o baile” ! Então isso não é obrigação do estado(os outros cidadãos)?