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Infarmed garante que morte de bailarina não foi culpa da pílula

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carolina.tendon / Facebook

Carolina Tendon foi vítima de uma embolia pulmonar súbita

A família de Carolina Tendon, uma jovem bailarina vítima de uma embolia pulmonar súbita, suspeita de que a filha morreu por causa da Yasmin, uma pílula contraceptiva. O Infarmed garante que não há razões para alarme, nem para as mulheres deixarem de tomar a pílula.

Esta é a posição do organismo depois das suspeitas reveladas, na semana passada, por uma reportagem da TVI. Carolina Tendon, uma universitária de 22 anos, de Évora, morreu em Fevereiro de 2014, de uma súbita embolia pulmonar.

A jovem bailarina era saudável, não fumava, e tomava a pílula para controlar o acne, há cerca de dois anos, conforme dados divulgados pela sua irmã à TVI. Perante este quadro, a família suspeita dos resultados da autópsia, que indicam morte natural, e apoia-se num relatório da Unidade de Farmacovigilância do Sul, também divulgado pela TVI, que estabelece um possível ligação entre a morte e a pílula.

“A relação causal entre o medicamento suspeito e a reacção adversa ao medicamento notificada foi classificada pelo perito clínico como possível, por se tratar de uma reacção adversa descrita no resumo das características do medicamento e por ter uma relação temporal bem estabelecida”, salienta esse documento.

Perante isto, e contactado pelo Público, o Infarmed nota que não há “medicamentos isentos de riscos”, mas sustenta que “não existem razões para as mulheres pararem de tomar o seu contraceptivo”. E àqueles que têm dúvidas, o organismo aconselha a falarem com o seu médico assistente.

O Infarmed nota ainda, citado pelo Público, que em 15 anos, “foram notificados 35 casos de reacções adversas a esta pílula específica, sendo dois deles de morte”.Todavia, o organismo frisa que “não existe evidência” de “relação causal entre a toma do medicamento e a reacção adversa ou a sua consequência”.

A Bayer, a empresa farmacêutica que produz a Yasmin, foi igualmente contactada pelo Público e refere que os “eventos adversos reportados não têm necessariamente uma relação causal directa com o medicamento”.

A empresa acrescenta que os contraceptivos orais, especificamente a pílula em causa, são dos “medicamentos mais estudados de forma sistemática e mais largamente utilizados na actualidade”, e nota que a Yasmin tem “um perfil benefício-risco favorável”.

Esta pílula é considerada de terceira geração, afirmando-se que acarreta menos riscos para quem a utiliza.

ZAP

4 Comments

  1. Deviam estudar bem melhor os sintomas das pílulas. Experimentei diversas marcas de pílula por causa dos sintomas, a minha médica dizia que não havia nada a fazer, mas que com o tempo iria passar.
    Só depois de parar de a tomar é que me apercebi de todo o mal que me andava a fazer: desde dores de cabeça constantes, a irritabilidade com tudo e todos, a falta de apetite sexual…
    Agora sou outra, certo ando com mais borbulhas… mas ando muito mais bem disposta!!!!

  2. Pois, o mesmo se passa com as vacinas… É muito difícil atribuir algo tão mau a uma coisa que , presumivelmente, não faz mal nenhum! Dizem eles!…
    Cada vez mais me apercebo que só lhes interessa os €uros.

  3. O que acontece é que as pilulas são produzidas para um tipo, e nós os seres umanos, somos de tipo diferente, o que me faz bem a mim faz mal a outros, eu não posso tomar pilula nenhuma, e muitas mulheres não podem, e as empresas farmaceiticas sabem mas o que está em causa são os euros.

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