Incêndio na Serra da Estrela libertou tanta energia como 25 bombas de Hiroshima

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Nuno André Ferreira/LUSA

Bombeiros fazem pausa no combate ao incêndio na Serra da Estrela

Está, finalmente, dado como dominado o incêndio na Serra da Estrela que “representa cerca de 25 vezes bombas de Hiroshima” em termos de energia libertada. A Protecção Civil prevê a sua extinção dentro de dois dias.

O incêndio que lavra desde 6 de Agosto na Serra da Estrela e que atingiu os distritos de Castelo Branco e da Guarda, afectando os municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda, Celorico da Beira e Covilhã, poderá ser dado como extinto dentro de dois dias, prevê a Protecção Civil.

O segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), Miguel Cruz, explica que o incêndio foi considerado dominado às 23:36 horas desta sexta-feira.

Mas durante a tarde deste sábado “mantém-se ainda no terreno todo um trabalho de rescaldo e de vigilância activa de todo o perímetro”, com “um efectivo composto por 1465 combatentes e cinco meios aéreos”, salienta Miguel Cruz.

O comandante da ANEPC revela ainda, citado pela Rádio Renascença, que “a área ardida total neste momento cifra-se em 14.757 hectares“, tendo em conta os dados do sistema europeu Copernicus.

Miguel Cruz também refere que o incêndio libertou, nestes oito dias em que durou, “766 terajoules de energia, sendo que o máximo registado foi de 242 terajoules no dia 10 de Agosto”. Um valor que “representa cerca de 25 vezes bombas de Hiroshima do ponto de vista de energia libertada”, aponta, notando que é “muito elevado, se considerarmos o quantitativo global”.

O responsável frisa que a bomba nuclear que devastou a cidade japonesa de Hiroshima, durante a II Guerra Mundial, representou “cerca de 30 terajoules” de energia libertada.

ZAP // Lusa

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