Carros arderam. O que pode fazer o seguro? A pessoa fica sem o carro, no geral

Madrugada quente em Gondomar reforça o alerta: a maioria dos clientes opta somente pelas coberturas obrigatórias – e esquecem-se de um “pormenor”.

O alerta surgiu em Gondomar, de madrugada. Na semana passada houve uma madrugada quente no concelho nortenho.

Nas zonas de Baguim do Monte e Rio Tinto, seis carros arderam em pouco mais de uma hora. Três das viaturas arderam totalmente, as outras ficaram parcialmente destruídas. Ninguém ficou ferido.

Foi um acto criminoso por parte de uma mulher que, segundo o Jornal de Notícias, decidiu incendiar carros e imóveis de dois ex-namorados e da esposa de um deles.

O relato foi dado pelo presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, que também é bombeiro: “Em 30 anos como bombeiro, nunca tinha assistido a tantos incêndios seguidos. Os meios de combate ao fogo saíram do quartel quase em simultâneo”.

O processo seguiu para a Polícia Judiciária.

Coberturas dos seguros

A esta altura, as pessoas afectadas por estes crimes estarão a fazer contas à vida – porque, em princípio, ninguém vai ter um carro novo ou ver os arranjos pagos por uma empresa de seguros.

Como é óbvio, no seguro automóvel (ou noutros), o processo depende sempre do contrato que foi assinado.

Se o cliente não tiver a cobertura em casos de incêndio ou de actos de vandalismo, fica sem o carro; a não ser que se descubra quem o fez e o criminoso seja processado judicialmente.

Se essas coberturas não tiverem sido contratadas, ao nível da apólice automóvel, nada se pode fazer.

Uma apólice tem determinadas garantias, chamadas coberturas: as obrigatórias e as facultativas.

No geral, os clientes escolhem apenas as obrigatórias – mas esquecem-se que apenas estão a segurar os danos que o seu automóvel possa provocar aos outros.

Nestes casos, o procedimento passa pela participação às autoridades (tenha as referidas coberturas na apólice ou não) e pela participação à campainha em causa, caso a cobertura necessária esteja na apólice do carro.

Se não tiver pagado pela cobertura necessária, o carro segue para abate, em resumo. Anula-se a apólice e anula-se a matrícula nas Finanças .

E, na compra do próximo carro, se isso acontecer, talvez o cliente pense em avançar para uma apólice de danos próprios.

Já agora, a mediadora que deixou estas explicações ao ZAP avisou: “O negócio dos seguros está mau! Os clientes dizem que não tem dinheiro!”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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