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“Inaceitável”: ministra vai tomar medidas para acabar com esperas de 17h nas urgências

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Manuel de Almeida / Lusa

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins

“Lisboa e Vale do Tejo e Península de Setúbal, sobretudo na obstetrícia, é um enorme problema. Não nasceu ontem”, analisou a ministra da Saúde.

A ministra da Saúde considerou esta segunda-feira que “é inaceitável” haver tempos de espera de cerca de 17 horas nos serviços de urgência e prometeu tomar medidas em breve, olhando com preocupação para o excesso de mortalidade em janeiro.

“Nunca deixei de dizer que Lisboa e Vale do Tejo e a Península de Setúbal, sobretudo no que tem a ver com a obstetrícia, é um enorme problema. Não nasceu ontem, não nasceu há três meses, nem há quatro, nem há cinco, nem há 10. Já existia e, naturalmente, que tem de ser resolvido”, salientou Ana Paula Martins.

Falando aos jornalistas depois de ter acompanhado a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, na apresentação de projetos de Inteligência Artificial na Unidade Local de Saúde (ULS) Santa Maria, em Lisboa, a governante reconheceu que, apesar de estarem abertas 164 urgências, é “preciso fazer um caminho”.

“Quinze horas, 16 horas, 17 horas à espera de se ser assistido numa urgência hospitalar (…) é inaceitável. Tomaremos medidas muito em breve nesse sentido”, sublinhou.

Ana Paula Martins garantiu que o balanço do plano de inverno “será feito quando o inverno terminar”, precisando que “prognósticos só no fim do jogo”.

“Também prometo que a Direção-Geral de Saúde (DGS), que é quem tem a responsabilidade dos relatórios na área materno-infantil dará mais detalhes com a sua comissão de peritos. Esta é uma matéria técnica, é uma matéria da área científica e clínica. As recomendações que saem dos peritos são as recomendações que o Governo tem que naturalmente olhar, seguir e implementar”, salientou.

A ministra prometeu ainda fazer em breve “um ponto da situação” sobre o Plano de Emergência e Transformação da Saúde, “para prestar contas aos portugueses”.

Ana Paula Martins disse ainda que “é preocupante” o excesso de mortalidade registado no mês passado, durante o período de atividade gripal e de baixas temperaturas.

De acordo os dados do último boletim de vigilância epidemiológica da gripe e outros vírus respiratórios do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em janeiro, morreram mais 1.191 pessoas do que o esperado.

A maioria das quase 1.200 mortes tinha mais de 75 anos (88%) e 77% eram mulheres, tendo sido na segunda semana, entre os dias 6 e 12 de janeiro, que se registaram mais óbitos além do esperado.

// Lusa

8 Comments

    • Não há medicos nem infermeiros cá! foram ganhar dinheiro para os países onde não governam sr doutores juristazinhos socialistas, que rebaixaram todas as classes menos a deles. Fazer turnos de 24h LOL.

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  1. Não há médicos porque os sr drs fecharam a torneira no tempo da Leonor Beleza, agora esses mesmos drs estão a aposentar-se, esta crise podia ter sido evitada, mas os médicos preferiram ser menos para poderem ganhar mais, agora deixam as urgências literalmente entregue aos maçaricos que não tem experiência nenhuma e encharcam o sistema com pedidos de exames mcdt , para que um outro especialista faça o relatório e lhes de um diagnóstico.
    E literalmente pedir um membro inferior inteiro para uma dor de joelho ou tornozelo ou dor no pé.

  2. Não há médicos porque a maior parte deles formam-se com o dinheiro dos contribuintes e ingressam depois no sistema privado, que nem um cêntimo investiu na sua formação, recebendo-os de mão beijada. E a sra ministra parece bastante interessada em favorecer este sector. É um facto que o número clausus, imposto pela ordem, exigindo médias elevadíssimas a quem queria ingressar no curso também ajudou à festa. Nos EUA, quem quer ser médico tem que pedir empréstimo ao estado para o conseguir. Neste país esquece-se muitas vezes o papel do Estado desvalorizando-

  3. “inaceitável”, diz a ministra.
    Conseguiu não se rir, ou teve que fazer o pino para chegar a essa”difícil”conclusão?
    Foi mais lesta quando iniciou o mandato, garantindo que resolveria os problemas da saúde em 60 dias.

  4. Não vai acabar só com as urgências , ela se pudesse acabaria com o SNS!!! A primeira preocupação dela, ao entrar no governo, foi aumentar, aos privados, os preços dos exames pedidos pelo estado! DE facto era a medida mais urgente! Aliás pode fazer o que quiser que terá sempre o apoio do sr 1º ministro!!! Quem tem capa sempre escapa.

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