Imprensa alemã prevê golpe contra Merkel

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EPP / wikimedia

A chanceler alemã, Angela Merkel

A chanceler alemã, Angela Merkel

A chanceler alemã poderá estar prestes a ser vítima de um golpe entre vários membros do seu partido que também querem chegar ao poder, escreve a imprensa alemã.

Angela Merkel está alegadamente a perder o controlo não só da situação política na Alemanha mas também dentro do seu próprio partido.

Quem o garante é Henryk Broder, jornalista do Die Welt que, esta terça-feira, escreveu um artigo de opinião no jornal alemão a antecipar um eventual golpe.

Segundo o jornalista, citado pela Sputnik News, “a queda de Merkel, prevista alguns meses atrás, está pouco a pouco a sair do seu período latente”.

Na perspetiva de Broder, está a ser preparado um golpe dentro do União Democrática Cristã (CDU), o partido da chanceler alemã.

Com o termo “golpe”, o jornalista afirma que não se pressupõe uma revolta violenta mas sim um plano de “vários homens e mulheres” para tomarem o poder devido à “política auto-destrutiva” de Merkel.

“Deixem Merkel continuar a fazer o que tem feito nos últimos tempos, até que isso se torne insustentável. Até que os seus níveis de aprovação caiam por completo. Não vai ser preciso derrubá-la. Vai cair sozinha. É tudo uma questão de tempo“, escreve Broder para ilustrar a sua teoria.

A atuação da chanceler nos últimos tempos tem perdido o apoio de muitos alemães, sobretudo por questões relacionadas com a entrada de refugiados no país.

Esta semana, uma sondagem publicada pelo jornal Bild am Sonntag divulgou que metade dos alemães prefere que Merkel não se apresente à reeleição nas eleições legislativas de 2017.

A sondagem do jornal alemão revela que a chanceler consegue um apoio global na ordem dos 42%, contra os 50% dos inquiridos que se manifestam contra um novo mandato.

Os resultados foram divulgados um dia depois do Der Spiegel ter avançado que Merkel tinha ponderado anunciar a sua candidatura para um quarto mandato à frente do governo alemão ainda este ano, mas que tinha recuado.

De acordo com o semanário alemão, a chanceler terá adiado a decisão por causa da crise dos refugiados e por problemas internos no seio da coligação governamental.

Merkel terá atrasado o anúncio porque o líder da CSU, Horst Seehofer, com quem está coligada, ainda não decidiu se a sua força partidária vai apoiar a líder conservadora nas próximas eleições

Caso se venha a confirmar, esta poderá ser uma decisão inédita que poderá representar uma rutura histórica entre as duas formações.

ZAP / Lusa / Sputnik News

3 Comments

  1. E vai ter mais acompanhantes por essa Europa fora, isto das primaveras árabes que ninguém já quer sequer falar mas que de inicio enchiam as páginas dos jornais vai ter muito que se lhe diga e vai ser uma pedra no sapato europeu muito difícil de se verem livre dela!.

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