Impasse na Câmara dos Representantes. Líder dos republicanos falha eleição na terceira ronda de votações

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Kevin McCarthy, líder do partido republicano do Congresso

Congressistas retomam as votações esta tarde, na tentativa de colocar fim ao impasse na câmara baixa do Congresso norte-americano.

O que deveria ter sido um bom dia para os congressistas do partido Republicano, que recuperam o poder da Câmara dos Representantes, após quatro anos, transformou-se numa mostra clara das divisões que se vivem no seio do mesmo. Kevin McCarthy, candidato republicano a speaker, falhou a eleição em três rondas de votações. O resultado é fruto de uma revolta de congressistas ultraconservadores, próximos do antigo presidente Donald Trump.

Na primeira ronda de votações, McCarthy recebeu apenas 203 votos, menos 15 dos 218 necessários para garantir a sua eleição. O objetivo dos congressistas que não confiaram o seu voto ao até agora líder da minoria republicana é aumentar a sua influência neste órgão legislativo, seja através de um candidato republicano que aceite transferir grande parte das decisões dos líderes partidários para congressistas, seja através de alguém que esteja disposto a um maior confronto com o Partido Democrata.

A revolta já fez com que Hakeem Jeffries, candidato do Partido Democrata, tenha recebido mais votos, apesar de a sua eleição ser impossível, já que os republicanos estão em maioria na Câmara.

Na segunda tentativa de eleger o speaker, Jim Jordan mereceu a confiança de 19 republicanos que não apoiavam McCarthy, enquanto na terceira ronda o número de republicanos que votou em Jornan subiu para 20. Perante este impasse, a eleição foi suspensa, por volta das 22h15 desta terça-feira, sendo retomada hoje às 17h.

Trata-se da primeira vez, em 100 anos, que um partido com maioria na Câmara dos Representantes não consegue eleger o seu candidato a speaker na primeira ronda de votações. Tal como lembra o Público, o recorde estabelecido neste tipo de eleições foi em 1856, quando foram necessárias 133 rondas — apesar de o Congresso ainda não ter a dinâmica bipartidária que assume atualmente.

ZAP //

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