Igreja tem de se responsabilizar pelos abusos sexuais, diz Marcelo. PR quer nova comissão

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António Cotrim / LUSA

Marcelo Rebelo de Sousa

O chefe de Estado defendeu também que “a Igreja como instituição tem de repensar a sua atuação no futuro.

O Presidente da República defendeu hoje que a Igreja Católica tem o “dever ético” de se responsabilizar pelos casos de abusos sexuais e considerou que o número agora conhecido é “bem superior ao número anterior“.

“Que a Igreja tem um dever ético de responder, isto é, de se responsabilizar e que ontem foi assumido, é assim. Que esse dever ético abrange o apoio psicológico, continua a ser muito importante para muitas as vítimas anos e anos e anos depois, não há dúvidas. Que em vários países houve indemnização, também se sabe, portanto vamos esperar pela posição da Igreja“, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, após questionado sobre se deverá haver lugar a indemnizações para as vítimas.

O Presidente da República falava aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, depois de na segunda-feira ter sido conhecido o relatório da comissão independente que estudou os abusos sexuais na Igreja Católica, e que aponta para quase cinco mil vítimas, no mínimo.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o número “ultrapassou aquilo que tinha pensado de início e provavelmente ultrapassou aquilo que os portugueses todos pensavam quando se arrancou com a comissão”.

“Este número é bem superior ao número anterior [mais de 400 casos] e, para o tempo em que trabalhou a comissão, como alguns dos membros reconheceram, significa que pode ainda ser uma parte do fenómeno e não todo o fenómeno, que continua presente na sociedade portuguesa”, afirmou.

O chefe de Estado defendeu também que “a Igreja como instituição tem de repensar a sua atuação no futuro, porque em muitos casos não teve a noção, noutros casos teve a noção mas subavaliou, achou que era um fenómeno isolado ou que era um fenómeno que não tinha a gravidade que tinha, noutros fenómenos ainda demorou muito tempo a reagir, noutros fenómenos ainda está a querer compreender aquilo que se passou”.

“Nos países em que a resposta foi mais clara, mais determinada e mais rápida o efeito foi um, naqueles em que não foi assim o efeito foi outro, e era preferível que fosse o primeiro o caminho em Portugal.

Marcelo apontou que essa é “uma reflexão que a Igreja terá de fazer”. “Tem marcada uma Conferência Episcopal para o começo de março, eu acho que quanto mais rápido for e mais claro for, melhor”, salientou.

A criação de uma nova comissão, ligada ao Estado, para continuar a investigar este tipo de crimes é uma via defendida pelo Presidente da República. “Existe uma ideia de impunidade ou de não denúncia em atividades variadas”, com ligações a várias instituições. Como tal, Marcelo entende que

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. O mundo e as voltas que dá, a pedofilia sempre acompanhou a evolução humana (é com tristeza que o digo) . Como evoluímos, o correto seria a meu entender castração, provavelmente entrariamos em discussão entre o correto e o errado entre quem vive do lado certo e do lado errado todos a lutar por um lugar na sociedade. Pergunto eu: o planeta tem gente a mais certo? Aprovem lá a lei da eutanásia brutanasia ou outro nome, aprovem, façam umas quantas alterações à lei e metam lá os pedofilos. Não só os da igreja católica, casa pia que toda a gente esqueceu entre outras casas de internato. Mas salvem as crianças, nelas reside o futuro da humanidade.

  2. O curioso no meio disto tudo é serem os Jesuítas – que são os maiores promotores do homossexualismo/pedofilia – a levarem a cabo a investigação sobre os crimes de abuso sexual de crianças.
    Mais estranho ainda, é ser possível em Portugal que uma entidade se sobreponha ao papel da Polícia Judiciária (PJ) e do Ministério Público (MP), assumindo ilegalmente as funções que competem a estes dois organismos.

  3. Esta ignomínia , desde o tempo que veio a ser de conhecimento Publico , esta-se a tornar numa “parodia” de mau gosto , abusadores identificados , sô tem un destino …………Prisão e tratamento químico , é un nojo de os ouvir dizer que as vitimas merecem de receber compensações pecuniárias por terem sido abusadas , se é essa a forma de pagar o vicio impune , então que recorram a Prostituição!

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