Num dia recheado de debates no Parlamento, como a resposta sobre a exoneração de Ana Jorge da Santa Casa, André Ventura deu início ao “show” logo pelas 10 horas da manhã desta quarta-feira.
Marcelo entendeu “que devíamos fazer um exercício de autoflagelação sobre a nossa história”. Ariu assim o líder do Chega o debate de emergência sobre as reparações das ex-colónias, em que voltou a classificar as declarações do Presidente da República como “uma traição sem paralelo na nossa História”. De lembrar que o processo imposto pelo Chega já está em marcha.
“Essas declarações, feitas a partir da autoridade presidencial, representam hoje aquela que é uma traição sem paralelo à nossa história, que nenhum Presidente da República alguma vez foi capaz de cometer”, disse, pouco antes de se dirigir aos retornados.
“A nossa primeira palavra vai para os milhares de combatentes da nossa pátria, que se sentiram feridos e humilhados pelas declarações do PR. Vai para os que tiveram de retornar das antigas colónias, os espoliados das províncias e do império, que voltaram sem nada e a quem o Estado nunca deu nada, querendo agora indemnizar outros. Os aeroportos, as barragens de Moçambique, as universidades do Brasil. Quem os pagou foi o país a que eles agora querem pedir indemnizações”, sublinhou Ventura.
“Falam de escravos, mas quando este país chegou a África eles já lá existiam há séculos, onde eram traficados, usados e vendidos”. E atacou a nova ministra da Cultura.
“Quer devolver obras de arte às nossas colónias. Uma vergonha de declaração que levada ao limite levaria a que os romanos na Península Ibérica também tenham que devolver o que hoje lá têm”, disse o presidente do Chega.
Ventura voltou ainda a repetir que Marcelo deve considerar a renúncia se não estiver capaz de representar os “interesses nacionais”.
“Os antigos territórios ultramarinos são parte integrante da nossa história coletiva e devemos abordar o passado com respeito e sensibilidade (…) Por muito que os partidos das esquerda o queiram, a nossa história não começou no dia 25 de abril de 1974, mas sim no dia 5 de outubro de 1143.”
“Ignorante e infantil” iniciativa
O CDS foi o primeiro a reagir à “iniciativa politicamente insana, juridicamente ignorante e institucionalmente infantil” .
Coube a Paulo Núncio voltar a pronunciar-se contra a posição do Chega. “Não perderei um segundo mais com esta iniciativa politicamente insana, juridicamente ignorante e institucionalmente infantil”, garantiu.
“Reações histéricas e hipócritas”
A reação do Chega às palavras do Presidente foi, aos olhos do líder da IL, “histérica e hipócrita”.
Rui Rocha chegou a pôr em causa — além da ação judicial que considera não ter fundamento jurídico — a existência dos especialistas que o Chega disse que ia ouvir antes de avançar com o processo por traição à pátria.
Chega tenta “apoucar a Constituição”
Vaiada por deputados do Chega, Joana Mortágua não se deixou ficar. “Isso é tudo medo?”, perguntou-lhes, antes de falar sobre a escolha que temos de fazer: “acompanharmos este debate Europeu ou ficarmos agarrados à propaganda antiga e de censura.”
Para a deputada e irmã da líder do Bloco de Esquerda — partido que se prepara para chamar os ministros a reunir sobre os “episódios racistas e xenófobos no espaço público” — esta jogada do Chega é um truque para “apoucar a Constituição”, palavras que lhe valeram mais ataques da bancada do Chega.
“Nem Miguel Vasconcelos” fez isto
A posição do Chega foi classificada como “ridícula” por Rui Tavares, do Livre.
“Nem Miguel Vasconcelos fez o que André Ventura fez”, atira: Ventura “foi a Madrid prestar vassalagem a Santiago Abascal” logo depois de o Vox ter publicado mapa em que Portugal era apagado da Península Ibérica. “Digam quem é mais traidor à Pátria”, atirou.
“Nenhuma opinião é um crime da República”
“O que não podemos fazer é distorcer, desvalorizar ou menorizar o que o PR disse”, afirmou o deputado do PS Pedro Delgado Alves, que acusou o Chega de desrespeitar a Câmara e os portugueses.
“Não falsifiquemos a História e não digamos coisas manifestamente erradas”, alerta. “Não alimentemos este debate de forma errada.”
“Se as Pátria se ajoelhassem mais vezes com solenidade havia menos sofrimento do mundo”, sublinha.
Um “não assunto” para o PCP
António Filipe diz que este debate é mais um “não assunto” alimentado pelo Chega para conseguir “mais uns minutos na televisão”, apesar de também estar contra a forma como Marcelo colocou as suas palavras.
“Não nos orgulhamos da escravatura e colonialismo, mas orgulhamo-nos dos avanços civilacionais”, afirma o deputado comunista. “A reparação histórica que importa prosseguir é a cooperação no apoio ao desenvolvimento, sem paternalismos num quadro de relações de igualdade e reciprocidade de vantagens e respeito pelas soberanias, tirando partido da nossa herança multicultural comum.”
Democratas “em estado de alerta”
Para o PAN, a contestação das palavras de Marcelo é uma “afronta democrática e uma tendência autocrática” a intenção de punir o presidente e deve deixar todos os democratas em estado de alerta este exercício muito pouco democrático que nos deve levar a uma maior reflexão”, defendeu a líder do partido Inês Sousa Real.
PSD reforça cooperação com ex-colónias
“A nossa história de séculos é um património de feitos brilhantes e acontecimentos sombrios”, defendeu a deputada do PSD Regina Bastos. É uma “realidade imutável”.
“Quem criou o tumulto mediático e o continua a alimentar foi mesmo o aproveitamento político que delas foi feito”, afirma, sublinhando que, apesar de tudo, “não há temas tabu” na Democracia.
Holofotes para o ventura!
Ventura esteve bem. Agora quê, vamos andar a ver o que é que cada país andou a roubar aos outros e apresentar uma fatura? E recuamos até onde? Também vamos cobrar à França pelas invasões? Vamos devolver parte do país aos Árabes? Porque é que eu, que não vivi nesses tempos, tenho de pagar a pessoas que também não viveram nesses tempos? Das intervenções mais infelizes do Marcelo.
Existe o lado oportunista do Ventura que aproveita o espaço criado pelos partidos do centro e da esquerda que se negam a aceitar as realidades e a posição duma boa parte do povo português. Assim mais gente se revê no Chega, mesmo que não concorde por inteiro.
O ex-comentador Marcelo deu mais um pretexto ao Desventura para aparecer na TV e nas redes sociais a armar-se em herói, perdão, pateta da Pátria. Marcelo está a ficar senil e o Chega não está a ficar melhor. Uma opinião, seja ela qual for, não é uma traição – se assim fosse, abundavam os traidores.
Reparação histórica? Na California já andam nestas andanças há muito tempo.
Deixem-se de tretas e façam algo pelo país. Menos ‘virtue signling’ e + obra feita.
Que tal tratarem da imigração? Qq dia deixamos de ter Portugal.
Sim, sim, podem chamar nomes. Quando existirem atentados ou ainda mais sociedades paralelas acordam para a vida. Ah sim, venham com a Suécia (esta já deixou as tretas de lado há bastante tempo)
Realmente entristece-me ao constatar a quantidade de CHEGANOS que andavam camuflados e que agora com a liderança deste espécime Ventura, estão todos a vir ao de cima e a perder a vergonha de se mostrar…
A Democracia realmente está ameaçada por esta gentalha!
CHEGA de imbecilidades deste gajo ¹¹¹
O que eu acho é que são as colónias que nos deviam pagar.
Quando lá chegamos haviam arvores.
Quando de lá saímos, deixamos países bem constituídos, fortes e que se tornariam poderosos se não os tivéssemos deixado.
A única coisa que me poderia parecer sensato dizer era que realmente nós devíamos pagar, mas por os ter deixado destruir o que fizemos e não por os termos colonizado.
Nos ficamos com a terra dos Mouros.
E a terra agora é nossa. Ou este bando de libelinhas esquerdoides da AR e PR estão a pensar dar Portugal ao ISIS só porque eles acham que isso é que lhes dava jeito????
Esta hipocrisia politica do “parvoíce dizer para ficar bem” está a acabar com o nosso pais.
O André Ventura defendeu Portugal ! Ao que parece o Presidente da República não. O Sr. Presidente da República diz que dar opiniões é a democracia a funcionar. Só que quando ele fala não é a mesma coisa que um qualquer cidadão. Ele devia medir as palavras mas não, não é o seu estilo. Ele quer falar, de preferência para os microfones da Comunicação Social. Há quem diga que é Solidão. Pelo Amor da Santa …
Esse parvo do aventura adora ser a estrela da noite e ter os holofotes ofuscando aquela cara-de-pau com ar de imbecil que ostenta.
Vamos devolver este pedaço de terra a quem nos deu o ” Condado Portucalense”…
Ou, talvez seja melhor recuar mais ainda, devolver aos Dinossauros!!!
Todos os Partidos defendem com unhas e dentes o velho gagá… vamos ver os resultados nas próximas Eleições!!!
O algodão não engana!!!
Sim, realmente, devemos indemnizar as “ex-colónias”, porque a descolonização foi exemplar.
Hoje, 49 anos depois, vivem na pobreza, com fome, sem saúde e sem futuro.
A culpa desse sofrimento é de Portugal, logo, a indemnização é justa.
O Partido Chega (CH) é uma fraude, participou na convenção «Europa Viva 2024», em Madrid, Espanha, um evento organizado e financiado pelo liberal/globalista, Elliott Abrams, que ocupa o cargo de administrador no «National Endowment for Democracy» organismo da Agência Central de Inteligência («CIA») e financiado por George Soros.