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Cientistas identificaram destino fatal da há muito perdida 8.ª Maravilha do Mundo

Wikimedia / Charles Blomfield

Pintura dos terraços branco e rosa do Lago Rotomahana

Os Terraços Rosa e Branco da Nova Zelândia, conhecidos como a 8.ª Maravilha do Mundo, desaparecerem misteriosamente há mais de 130 anos. Agora, um grupo de investigadores acredita ter descoberto o que levou ao fatídico fim dos terraços.

Dezenas de turistas costumavam reunir-se nos amplos terraços feitos de sílica, onde a água desaguava em piscinas naturais. Há muito tempo, essas rochas em tons de rosa e branco – que acabaram por apelidar o local – faziam do espaço um destino famoso na região de Rotorua, na Nova Zelândia

Agora, num novo estudo publicado no final do mês de junho na Journal of The Royal Society of New Zealan, pesquisadores da GNS Science reiteram descobertas anteriores, nas quais defendiam que os terraços foram destruídos pela erupção vulcânica do Monte Tarawera em 1886.

Os cientistas confirmam ainda que quaisquer fragmentos remanescentes dos Terraços Rosa e Branco foram provavelmente “engolidos” pelo aumento da água no lago, permanecendo agora nas profundezas do Lago Rotomahana.

A pesquisa agora realizada vem contrapor estudos publicados anteriormente, nos qual investigadores alegavam que os terraços mais famosos do hemisfério Sul tinha sobrevivido à erupção e estavam enterrados no subsolo das terras em volta do lago – argumento, que esta nova pesquisa não valida, de acordo com o Nature World.

Recorrendo à engenharia e à topografia do século XIX, o geólogo Ferdinand von Hochstetter concluiu os terraços foram parcialmente destruídos, e há até investigadores que dizem que parte dos Terraços Rosa e Branco podem mesmo ser recuperados.

Afinal, a Maravilha desapareceu para sempre

No novo artigo publicado, a equipa de Cornel de Ronde, o autor principal, rejeita qualquer esperança de recuperação dos Terraços. Dados recolhidos entre 2011 e 2014 foram recentemente reavaliados e provam isso mesmo.

“Nós voltamos a analisar todas as nossas descobertas de há vários anos e concluímos que é insustentável que os Terraços possam estar enterrados em terras próximas do Lago Rotomahana”, explicou de Ronde.

A equipa de investigação recorreu técnicas avançadas para “encontrar” o lendário local, incluindo tecnologias de sonar, levantamentos sísmicos e até fotografias subaquáticas. As descobertas recentes são consistentes com fotografias histórias bem como, com os mapas publicados pelo geólogo Hochstetter.

De forma geral, o novo estudo pinta um cenário abrangente da tragédia que ditou o fim dos Terraços da Nova Zelândia.

Segundo os investigadores, a erupção destruiu a maior parte dos Terraços Rosa e Branco. Com a destruição, o nível da água do lago subiu, expandido consequentemente a sua área. Com isto, todos os vestígios remanescentes do Terraço acabaram por submergir.

De Ronde realça ainda que, dada a brutalidade da erupção de 1886, não é de forma alguma surpreendente que os míticos Terraços tenham sido totalmente destruídos.

O novo estudo vem desta forma contrariar a investigação de Rexx Bunn e Sascha Nolden, dois investigadores neozelandeses que, baseados nas notas de Ferdinand von Hochstetter, concluíram no ano passado, que os terraços naturais poderiam estar enterrados a 15 metros abaixo do nível da terra, cobertos com cinzas vulcânicas.

Sara Silva Alves, ZAP //

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