O humorista francês que se destacou pelos gestos e piadas antissemitas executou hoje a polémica quenelle durante o espetáculo em Nyon (Suíça), depois de referir “todas as pessoas que atacam Dieudonné”, incluindo a “rainha de Inglaterra”.
Dieudonné M’bala M’bala, de 47 anos, foi proibido de entrar em território britânico, uma medida muito rara. A quenelle – um braço esticado em direção ao chão, e o outro braço cruzado a tocar o ombro -, apresentado pelos defensores do humorista como “um gesto antissistema”, é considerado por muitos como uma saudação nazi invertida ou um gesto antissemita.
“Desde há um ano, passaram-se coisas. Ainda hoje… o que é que eu fiz? Não sei”, disse Dieudonné, no início do espetáculo na sala a abarrotar do teatro de Nyon, perto de Genebra, de acordo com uma jornalista da AFP.
A medida administrativa das autoridades britânicas foi decidida depois de o humorista, no centro de uma enorme polémica em França e acusado repetidamente de antissemitismo e ofensas raciais, ter apoiado o futebolista Nicolas Anelka, que durante um jogo fez o mesmo gesto.
De acordo com o tablóide Daily Mail, Dieudonné ia realizar uma conferência de imprensa de apoio a Nicolas Anelka no Reino Unido. À AFP, um dos advogados do humorista, Jacques Verdier, garantiu não saber se o cliente tinha a intenção de viajar para Londres para apoiar o futebolista.
Para Verdier, o anúncio do Governo britânico traduz “uma crispação inglesa ligada à quenelle de Anelka”.
O espetáculo de Dieudonné “Asu Zoa“, atualmente em digressão, contou com a presença de oficiais de justiça e dois agentes de segurança colocados em cada lado do palco em Nyon.
Dieudonné apresentou duas sessões, numa sala de 460 lugares sempre completa. Alguns bilhetes foram revendidos no mercado negro a 400 euros, ou seja, dez vezes o preço original. O humorista prevê realizar dez espetáculos em Nyon.
“Asu Zoa” é o novo espetáculo do humorista desde da proibição do “Le Mur”, em várias cidades francesas, devido ao tom antissemita. Dieudonné é acusado pelo ministro francês do Interior, Manuel Valls, de fazer comentários “antissemitas” e “racistas” nos seus espectáculos.
/Lusa
Se isto for verdade entao os americanos estão sempre a faze-la cada vez que ouvem o hino nacional deles….estupidos ahahhahaha. E ja agora.. Posso coçar o ombro ou não???? Loolll