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Houston, temos um problema: a subida do mar ameaça as instalações da NASA

A subida do nível das águas do mar está a ameaçar a maioria das instalações da agência espacial dos EUA, NASA, famosas pela formação de astronautas e pelo lançamento de missões para o espaço.

O alerta foi feito por uma associação de cientistas, a União dos Cientistas Preocupados, que divulgou um relatório com vário património histórico dos EUA ameaçado pela subida do nível das águas.

Cinco dos sete principais centros da NASA estão localizados ao longo da costa. Os técnicos explicam que a proximidade com a água é necessária para a segurança e logística do lançamento de foguetes e teste de aeronaves.

Do Cabo Canaveral, no Estado da Florida, a Houston, no Estado do Texas, a agência espacial norte-americana está a erigir proteções para o avanço da água e a transferir algumas instalações para mais dentro de terra.

Muitos dos centros da NASA já sofreram prejuízos elevados em resultado de inundações, erosão costeira e fortes furacões, especificou a organização autora do relatório (UCS, na sigla em inglês).

O centro de lançamento mais emblemático deve ser o do Centro Espacial Kennedy, de onde foram lançadas as missões Apollo para a Lua e saíram muitos voos do “vaivém espacial” (‘space shuttle’) ao longo de trinta anos.

“Segundo o gabinete de planeamento e desenvolvimento da NASA, a subida do nível do mar é a maior ameaça individual à continuação das operações no Centro Espacial Kennedy”, particulariza o texto.

A Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, a primeira colónia britânica permanente nos EUA na ilha de Jamestown, no Estado da Virgínia, e a histórica cidade portuária Charleston, no Estado da Carolina do Sul, são outros exemplos de património histórico-cultural dos EUA ameaçados pelas alterações climáticas.

“Isto é apenas o topo do icebergue”, disse o diretor da UCS para os impactos climáticos, Adam Markham, acrescentando: “Precisamos de fazer da adaptação uma prioridade nacional e levar os recursos para onde são necessários”.

O Presidente Barack Obama apelou, em 2009, a todas as agências governamentais para se prepararem para as alterações climáticas.

/Lusa

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