O Hotel Pestana Caracas, propriedade do Grupo Pestana, foi evacuado pelos serviços secretos da Venezuela numa operação relacionada com o atentado de sábado passado, efectuado contra o Presidente Nicolás Maduro.
Funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, os serviços secretos venezuelanos) evacuaram na segunda-feira o Hotel Pestana Caracas, propriedade de empresários portugueses, mantendo impedido o acesso ao local.
Fontes não oficiais dão conta de que a acção da polícia secreta teria a ver com o atentado de sábado contra o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Uma fonte contactada pela agência Lusa explicou que no local estão quatro carrinhas do SEBIN e que o acesso ao hotel está restringido.
Propriedade do Grupo Pestana, de Portugal, o Hotel Pestana Caracas foi inaugurado em 2008, durante a visita à Venezuela do então primeiro-ministro português, José Sócrates.
No sábado, duas explosões que as autoridades dizem ter sido provocadas por dois drones (aviões não tripulados) obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
O acto, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas, estava a ser transmitido em simultâneo pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Nicolás Maduro anunciou que tinha chegado a hora da recuperação económica, ouviu-se uma das explosões.
Sete militares ficaram feridos e, segundo as autoridades, foram detidas seis pessoas por suspeita de envolvimento no atentado.
O Ministério Público venezuelano anunciou, esta segunda-feira, que foram estabelecidas as “conexões” internacionais com Miami (EUA) e Bogotá (Colômbia). O Presidente também acusou diretamente o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, pelo atentado, envolvimento que a Colômbia desmente. Segundo Maduro, está ainda envolvida a extrema-direita venezuelana, em coordenação com opositores radicados em Miami.
ZAP // Lusa