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Hospitais do SNS vão operar doentes nos privados e setor social

Tal como aconteceu no ano passado, vários hospitais estão a fazer protocolos diretos com outras entidades para reduzir a lista de inscritos para cirurgia nas especialidades com maiores tempos de espera.

Depois da pandemia ter eclodido no país, e ter atrasado a realização de cirurgias, esta foi uma solução no ano passado e vai voltar a sê-lo este ano.

De acordo com o Público, pelo menos seis hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão lançar ou já assinaram protocolos com entidades privadas e do sector social para operarem, em alguns casos com os seus médicos, doentes naquelas unidades.

Esta é uma das soluções para reduzir a lista de inscritos para cirurgias, sobretudo nas especialidades com maior tempo de espera. Segundo o jornal, só o Hospital de Braga contratualizou, até ao final do ano, mais de 11 mil operações.

O protocolo foi ativado em Fevereiro e até ao dia 11 deste mês realizaram-se 10% das cirurgias acordadas.

Ao Público, João Oliveira, presidente da administração do Hospital de Braga, diz que “em alguns casos são só os cirurgiões do hospital” que se deslocam às entidades externas, mas que “noutros são cirurgiões, anestesiologistas e enfermeiros”.

Entre as entidades do setor social e privado que assinaram os acordos estão a Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, de Riba de Ave, de Felgueiras, de Fafe, de Fão, da Póvoa de Lanhoso, Casa de Saúde de São Lázaro, Trofa Saúde e Lusíadas.

Relativamente às especialidades, são “cirurgia vascular, cirurgia geral, pediatria, ginecologia, neurocirurgia, ortopedia, urologia e oftalmologia”, refere João Oliveira.

Quanto à taxa de aceitação dos doentes, esta ronda os “90%, pois é o médico que acompanha o doente que o opera, o que dá uma enorme confiança”, diz o administrador.

Também o Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) vai repetir a experiência do ano passado. O Hospital Amadora-Sintra, o Hospital Garcia de Orta, o Centro Hospitalar do Porto, Unidade Local de Saúde de Matosinhos também já assinaram ou vão assinar o protocolo.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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