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O Homo erectus não era assim tão esbelto. Era atarracado e robusto

Tim Evanson / Wikimedia

Um modelo do rosto do Homo erectus

Investigadores do Museus de História Natural de Londres, no Reino Unido, encontraram evidências de que o Homo erectus não era tão esbelto como se pensava, tendo na realidade um “peito largo e profundo” como os neandertais.

De acordo com a nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica especializada Nature Ecology and Evolution, este ancestral primitivo do Homem era compacto, atarracado e robusto.

Tal como frisa a agência espanhola Europa Press, este estudo vem alterar muito daquilo que a comunidade científica julgava saber sobre Homo erectus, que assim foi batizado por causa da sua capacidade de correr grandes distâncias.

Os cientistas acreditam que este hominídeo tivesse uma estatura mais delgada que lhe permitia correr largas distâncias. Agora, a nova frisa que o seu corpo era mais robusto do que se pensava, frisando que, ainda ainda, este ancestral poderia ser um bom corredor.

Par chegar a esta conclusão, os cientistas analisaram pela primeira vez os restos do esqueleto de um Homo erectus conhecido como Turkana Boy. Trata-se de um esqueleto quase completo com quase 1,5 milhões de anos descoberto no Quénia.

Recorrendo a técnicas avançadas de imagem e reconstrução, os cientistas foram capazes de estudar o seu peito e entender como é que esta espécie respirava.

Os cientistas compararam então a forma da caixa torácica deste espécime de Homo erectus à dos humanos moderno e de um neandertal e descobriram que o Homo erectus tinha uma caixa torácica “larga e profunda” como os neandertais, em vez de um peito largo e aplanado como o do Homem moderno, citado em comunicado.

“[Os resultados] sugerem que o Homo erectus teve uma estrutura corporal mais robusta do que era suposto, uma vez que o formato corporal desta espécie era visto como algo esbelto e mais elegante, o que estava associado à sua capacidade de correr longas distâncias”, explicou Fred Spoor, autor principal do estudo.

Era mais parecido “com um jogador de râguebi do que com um alteta magro”, rematou.

ZAP //

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