A comunidade científica permanece dividida e tenta perceber se as mulheres realmente preferem um homem com namorada. Esta preferência já foi observada em algumas espécies de animais.
Vários estudos — nomeadamente um publicado no ano passado na revista Adaptive Human Behavior and Physiology — já apontaram a hipóteses de mulheres heterossexuais preferirem homens que já estejam numa relação. A teoria baseia-se no princípio que as mulheres poupam tempo e energia à procura de um parceiro ao selecionar um que já foi escolhido por outras mulheres.
Esta preferência já foi analisada em animais, como roedores, pássaros e peixes. Contudo, se os humanos também o fazem continua a ser uma incógnita para a comunidade científica.
De acordo com a Discover Magazine, as mulheres podem tentar evitar o esforço de encontrar um homem que considerem digno para uma relação ao escolher um que já esteja ocupado. Isto porque, à partida, a sua parceira atual já o fez e validou as suas qualidades.
O princípio é polémico e está longe de reunir consenso entre os biólogos. A primeira vez que foi observado no reino animal foi nos anos 90, num estudo com peixes guppy.
Num tanque com machos e fêmeas, as fêmeas escolhiam os seus parceiros tendo em conta o tamanho, o comprimento da cauda e a sua cor (os machos com um laranja mais brilhante eram os preferidos). Do outro lado do tanque, outro grupo de fêmeas observava o ritual de acasalamento.
Quando este último grupo era introduzido no tanque com o resto dos machos, as fêmeas acabavam por optar pelos peixes que tinham sido escolhidos anteriormente, mesmo que tivesse um mais alaranjado disponível.
O caso humano
E com os humanos? Um homem pode ter bom aspeto superficialmente, mas carregar maus genes e abandonar a família. Caso isso aconteça, a mãe continua a ter de criar o filho — carregando o DNA do pai de qualquer forma.
Assim, seria mais seguro escolher um homem que já tinha passado pela análise minuciosa de outra mulher. No entanto, estas não passam de suposições e a preferência por homens com parceiras não é algo bem definido nos estudos feitos ao longo dos anos.
Para testar este princípio nos humanos, a experiência habitual é: os investigadores pedem aos participantes para avaliarem a atratividade de um homem através de fotografias com ou sem uma companheira. Normalmente, se o homem estivesse acompanhado por uma mulher — de preferência atraente — o macho era visto com melhores olhos por parte das mulheres.
Porém, a Discover Magazine alerta que são necessários fazer mais estudos para que se chegue a uma conclusão final.
Alguns cientistas sugerem ainda que esta preferência pode advir da tendência dos humanos em aprender com os outros em vez de tentar resolver os problemas independentemente. Comparando com os chimpanzés, os humanos imitam os seus pares com uma frequência muito maior.
Os seres humanos podem apenas ter uma tendência evolutiva para se protegerem, imitando os outros. Ou isso, ou ao longo da evolução humana, pode ter sido especialmente benéfico para as mulheres copiarem as decisões de acasalamento de outras fêmeas.
a galinha do vizinho e melhor que a minha 😉