“Louis” (nome fictício) foi doador de esperma durante 20 anos, com três dádivas semanais. Aos 68 anos, é um dos homens com mais descendência do Mundo.
Durante 20 anos, Louis, holandês, doou esperma em três bancos diferentes. A fundação acompanha o processo de descobrir os seus filhos diz que pode ter cerca de mil, mas Louis acredita que não passam dos 200.
Quando começou a doar esperma, Louis tinha 30 anos, trabalhava no balcão de um banco, não tinha namorada, família ou amigos próximos. Mas tinha uma preocupação: “Quem se vai lembrar de mim quando morrer? Quem vai falar sobre mim e ser o meu herdeiro?”, confessou ao The Guardian. “O nosso maior medo na vida não é morrer, mas sim ser esquecido”, acrescentou.
Estes pensamentos levaram-no a começar a fazer doações de esperma. Assim, mesmo que não tivesse filhos da maneira convencional, poderia doar esperma suficiente para que um dia fosse escolhido e acabasse a fecundar um óvulo que resultasse numa criança que um dia o pudesse tentar encontrar.
Atualmente, um dador de esperma está limitado a ser “usado” em 25 famílias na Holanda. Mas, na época, não havia limitações e, entre 1982 e 2002, Louis fez três doações por semana. O holandês deslocava-se de bicicleta até aos bancos, já com a carga na mochila.
Os trabalhadores do banco poderiam estranhar a regularidade, mas precisavam de dadores, principalmente com o currículo de Louis – que, na realidade, era adulterado. “Dizia que eu tinha uma formação universitária, que era gerente de um banco e que não tinha interesse em conhecer os meus filhos”, escondendo ainda a etnia – “negro e branco – descendente de escravos africanos e os seus donos”.
Em 2002, Louis sentiu que já tinha feito o suficiente. Nessa altura, tinha 50 anos e os seus filhos mais velhos – fossem quem fossem – já seriam adultos.
O encontro com os primeiros filhos
Joyce Curiere, atualmente com 34 anos, recorreu a um centro de ADN para procurar o seu pai biológico, tal como outras 15 pessoas que partilhavam ADN com a enfermeira. Todos forneceram amostras no mesmo laboratório onde Louis o tinha feito.
Assim, Louis descobriu que tinha 15 filhos confirmados. Mas acredita que sejam bem mais. Cerca de 200, rejeitando os valores da fundação onde entregou o seu ADN que admite a possibilidade de ter até mil filhos.
Mas a descoberta dos primeiros filhos aconteceu antes de Joyce. Louis estava a ver um programa de televisão chamado Wie Is Mijn Vader? (Quem é o meu pai?) onde apareciam dois gémeos chamados Maaike e Matthijs.
Em 1989 o homem tinha visto um documento com estes dois nomes e informações sobre o seu dador, que era igual à sua. “Bolas, aqueles dois são meus! Está mesmo a acontecer”, pensou, na época.
Louis enviou provas de ADN para o programa e foi informado que oito outras pessoas procuravam o mesmo pai. Desde então, o homem conheceu mais 40 dos 57 descendentes que confirmou serem seus.
O melhor é deixar isso para depois do Natal…
Fantástico melga.
Só é pena ter sido por inseminação artificial.
Pela via natural haveria de ter mais graça, tanto para o doador como para a donatária. Digo eu…
Mesmo….