Acidente ou negligência? Ainda não se sabe o que levou à trágica morte, este domingo, em Alqueva, num acidente com um balão de ar quente. O que é certo é que – diz uma testemunha – George “salvou a vida” dos restantes passageiros.
As versões da misteriosa morte de George, de 55 anos, este domingo, durante um passeio de balão de ar quente, nas margens da barragem de Alqueva, continuam a divergir.
De um lado, a empresa proprietária do balão de ar quente garante que não ocorreu nenhum acidente aeronáutico. No entanto, a namorada da vítima diz o contrário.
De acordo com Alexandra Santos, George voluntariou-se para sair do balão que tinha amarado na barragem para tentar puxá-lo para terra.
Ao Expresso, a companheira da vítima conta que, na sequência da descida abrupta e não planeada do balão, além de George, mais um passageiro desceu do balão, para empurrar o cesto até à margem.
O outro homem conseguiu voltar ao cesto, mas George, que, segundo o Expresso, “não estava na melhor forma física”, não conseguiu: “O balão subiu, o outro passageiro voltou para dentro do cesto e o Jorge ficou a nadar para terra. Estava a três metros da margem. Ainda parou, mas pensei que estivesse a descansar”, contou Alexandra, antes de referir que o engenho voltaria a amarar, mas mais longe da margem.
Alexandra conta que George “desapareceu”, quando estava a dois metros da margem, mas que nunca imaginou este desfecho: “Um dos passageiros mandou a localização do Jorge para um grupo do WhatsApp e uma equipa de terra da empresa que organizou o passeio foi buscá-lo. Ficámos todos descansados“.
Mas o corpo de George foi encontrado sem vida, pela equipa de apoio, a boiar na albufeira. “Se foi acidente ou negligência? A polícia responderá. Mas para mim, foi negligência“, considera Alexandra.
Ao Correio da Manhã, Alexandra recorda o companheiro como um herói, que salvou os restantes 10 passageiros daquele balão que, na manhã deste domingo, saiu de Monsaraz com destino a Mourão: “O George foi o nosso herói, salvou as pessoas que ficaram dentro do cesto. Devemos-lhe a nossa vida“.