Leonardo da Vinci ainda vive através dos seus descendentes, de acordo com dois historiadores italianos que encontraram parentes vivos do génio do Renascimento.
Até agora, acreditava-se que a linhagem do pintor, engenheiro, matemático e filósofo se tinha extinguido.
No entanto, de acordo com o diretor do Museo Ideale Leonardo Da Vinci, Alessandro Vessozi, e a historiadora Agnese Sabato, baseados num estudo genealógico que levou 43 anos, a família do artista não desapareceu.
“Levamos a cabo uma longa pesquisa de documentos, que é o primeiro passo para uma investigação científica mais profunda. Verificamos documentos e túmulos em França e Espanha para reconstruir a trajetória da família de Leonardo da Vinci”, explica Vezzosi.
A dupla identificou descendentes vivos da família do pai de Leonardo, Piero da Vinci.
“As consequências da nossa descoberta é que os cientistas podem agora isolar o ADN de Da Vinci, 15 gerações mais tarde”, aponta o historiador.
Segundo o The Guardian, um desses descendentes será o realizador italiano Franco Zeffirelli, que não terá recebido a novidade com grande surpresa.
O realizador, que já esteve nomeado para os Óscares, é filho de Ottorino Corsi, italiano nascido e criado em Vinci.
De acordo com o jornal britânico, em 2007, quando foi agraciado com o prémio Leonardo, Zeffirelli terá dito: “Os Corsis, que são da minha família, também são descendentes de Da Vinci”.
Na altura, toda a gente pensou tratar-se de uma boa piada. Mas, afinal, o realizador italiano já teria alguma razão, de acordo com a investigação agora apresentada.
Outra descendente será Elena Calosi, uma arquiteta italiana que, em declarações ao La Repubblica, diz estar “surpreendida mas feliz”.
“Obviamente que me sinto surpreendida, mas também feliz pela minha avó, que já não está entre nós, e que tinha um grande orgulho em ter Vinci no nome”, declara ao jornal italiano.
As conclusões foram apresentadas pelos dois investigadores durante o congresso “Leonardo Vive”, que se realizou esta quinta-feira, em Vinci, numa conferência onde alguns desses descendentes estiveram presentes.
Vezzosi, que sublinhou que o trabalho ainda não está terminado, já tinha adiantado na altura que a lista incluía “nomes surpreendentes”.
Além da identificação desses familiares, os cientistas conseguiram ainda recuperar alguns lugares associados à história da família, como os cemitérios onde estão enterrados os antepassados.
ZAP / HypeScience