O historiador Manuel Ros Agudo lamenta que um sector de académicos espanhóis “mais franquista” continue a “desvalorizar” a importância do plano para invadir Portugal que o ditador Francisco Franco desenhou de forma “detalhada”.
“Este sector mais franquista nega que Franco tenha tido momentos de forte tentação” de abandonar a neutralidade na Segunda Grande Guerra e unir-se à Alemanha nazi e à Itália fascista, disse Manuel Ros Agudo à agência Lusa em Madrid.
O historiador e professor universitário é autor do livro A Grande Tentação publicado em 2008, que revelou um plano militar muito detalhado elaborado em 1940 para invadir Portugal e que Francisco Franco ocultou até à sua morte em 1975.
Ros Agudo assegurou não ter “qualquer evidência” que o levasse a pensar que o objetivo de Franco fosse a unificação política da Península Ibérica. Para Ros Agudo o ditador estava a preparar-se para a reação da Inglaterra no caso de Espanha deixar de ser um país neutral e se alinhasse com Alemanha e Itália.
“É um plano para uma guerra contra a Inglaterra: se Espanha abandonasse a neutralidade e invadisse Gibraltar, a Inglaterra ocuparia as ilhas Canárias e invadiria Portugal para contra-atacar”, explicou o professor universitário.
Manuel Ros Agudo assegura que não está a “atacar Franco como político”, apenas a “defender o pensamento do militar profissional” que era o ditador. “Há uma etapa em que Franco esteve prestes a entrar na Guerra, mas os franquistas negam isso. Negam a evidência”, insiste o catedrático.
Ros Agudo escreveu o seu livro a partir de um documento de 99 páginas guardado na Fundação Francisco Franco que descreve em pormenor um plano para invadir Portugal.
Na opinião do historiador trata-se de uma prova conclusiva da vontade de Franco de entrar em guerra com o eixo Berlim-Roma, por oposição à versão promovida pelo franquismo nas décadas seguintes à Segunda Grande Guerra, segundo a qual Espanha nunca traiu a sua neutralidade face às tentações de Hitler.
O professor universitário não tem dúvidas de que o nível de detalhe das descrições logísticas, do inimigo, do terreno, dos recursos próprios e das conjunturas estratégicas do plano no documento não correspondem ao desenho de “meras manobras militares”.
O documento inclui mapas sobre o caminho que o exército deve seguir, imitando a blitzkrieg (guerra relâmpago) da wehrmacht (forças armadas da Alemanha durante a Segunda Grande Guerra), para ocupar a toda a velocidade o país vizinho até Lisboa.
Cinco páginas do plano de Franco concentram a estratégia de ataque e explicam “a delicada situação de Portugal, em relação a um conflito internacional em que a Inglaterra intervém, o escasso potencial do país vizinho e, sobretudo, a atratividade das suas costas, de cujos pontos é facilmente possível perturbar as relações marítimas, o que pode levar a Inglaterra a tentar ocupar as bases navais deste território”.
“Perante tal eventualidade, tão prejudicial à segurança e independência da nossa Pátria [Espanha], decidi: a) Preparar a invasão de Portugal, para ocupar Lisboa, e o resto da costa portuguesa. b) Realizar esse propósito, quando o ordene, em virtude das notícias fornecidas pelo Serviço de Informação”, escreve Francisco Franco no documento.
O plano da ocupação de Portugal previa o envio de 250 mil soldados por terra que se deslocariam em duas linhas, para dividir o país em três, o que facilitaria o controlo do território.
A primeira dessas linhas partiria de Cidade Rodrigo (Salamanca) e atravessaria a fronteira através da Guarda, Celorico e Coimbra, seguindo o rio Tejo até chegar a Lisboa, enquanto a segunda sairia da Extremadura espanhola e passaria por Elvas e Évora, em direcção a Setúbal. As duas linhas iriam agrupar-se em Abrantes, na região de Santarém.
Ao mesmo tempo, a força aérea espanhola iria atacar as bases aéreas inimigas em Portugal, destruiria os nós de comunicação, apoiaria o exército terrestre e sobrevoaria os mares Cantábrico e o Mediterrâneo para antecipar possíveis incursões de Inglaterra.
// Lusa
O plano de um cobarde para atacar outro cobarde. Nenhum deles os teve no sítio para atuarem na II Guerra. Preferiram ficar no sofá a assistir aos seus supostos amigos a matarem-se uns aos outros. De qualquer forma, talvez o Salazarinho copiasse D. João VI mudando, desta feita, a capital para Luanda. Pelo menos seria uma maneira de fazer o ditadorzeco português a ir até África onde meteu os portugueses em guerras de 13 anos (Angola), 11 anos (Guiné) e 10 anos (Moçambique) nunca se dando ao trabalho de lá pôr os pés, nem sequer para dar um pouco de alento aos soldados.
Preferias termos sido dizimados pela Luftwaffe (com apoio nas bases espanholas) e pelos americanos directamente dos Açores???
Não sou fascista e tãopouco saudosista que defende que se estava melhor no anterior regime, mas que Salazar foi um “habilidoso excepcional” ao manter uma balança precária em precário equilíbrio, isso foi, e salvou o país de uma catástrofe humana e material. Num prato estava o “eixo”, no outro, os “aliados” e no meio – como o mexilhão – nós. Adivinha quem é que se ia lixar???
Que, depois, tenha caído num erro crasso, gigantesco e evidente com a guerra colonial, também é verdade. (porquê, talvez um dia a história o diga…)
De resto, o moto “orgulhosamente sós” só podia dar asneira….
Quanto a mim o maior erro de Salazar foi ter subestimado a importância das colónias e não ter sido um bom colonizador, na altura milhares de portugueses emigraram para as Américas, mais tarde para a Europa, se os mesmos tivessem sido encaminhados para África e aí criado desenvolvimento para todos, mais tarde viria a independência por natureza e não pela força da cobiça sobretudo da defunta URSS e não só. Ficariam a ganhar todos e as ex-colónias poderiam ter sido um exemplo em África de progresso e paz, coisa que não veio a acontecer e que raramente acontece no continente africano.
Tal & Qual…
A Luftwaffe nunca foi um problema para a ditadura do Estado Novo, para os Estados Unidos da América do Norte, ou para os «aliados», a não ser a partir do momento em que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) expulsou a Alemanha nacional-socialista do seu território e começou a ganhar a guerra.
A partir desse momento é que os Estados Unidos da América do Norte, os «aliados», e até a própria ditadura do Estado Novo, se tornaram inimigos da Alemanha nacional-socialista e da Itália fascista, para não parecer mal.
Aí é que o Salazar revelou que não era burro nenhum. Encheu o país de dinheiro e ainda passou ao largo da guerra. Bem esperto foi ele.
Espertas foram a e a Suécia, que se encheram de dinheiro e hoje ainda isso se vê. Quanto a Portugal, essa história de dinheiro deve ser um grande mito.
Devias quer escrever “Suíça”..
Dinheiro?
Onde está?!…
Só se ele o escondeu bem escondido, porque no tempo do Salazar ninguém o viu… era só fome e miséria…
Talvez no final tivesse dado no fim do colonialismo espanhol porque a situação certamente iria correr-lhes mal tal como correu a Hitler e hoje possivelmente nem catalães nem bascos andariam a lutar pelo direito à sua identidade.
O que Franco teria na cabeça não sei, mas, Inglaterra nossa velha aliada, e essa aliança continua firme, não ficaria de braços cruzados e junto com ela os E.U.
Não existem bons colonizadores. A história o prova.
As colónias tinham que ser devolvidas aos seus povos (pena ter sido como foi) porque nunca um país invadido á força deixará de rebelar-se contra os seus invasores, leve o tempo k levar.
Mais, este pequeno país pode ter tido e ainda ter maus políticos, mas, continuará a ser sempre Portugal a Terra da Luz (Lusitania), e irá em breve cumprir-se… a missão agora é fundir-se com todos os povos desbravando o caminho para a LUZ MAIOR. E assim será.
A Lúcia deve ter visto a luz… só pode mesmo…
Ena! O Quinto Império!
Sai um like para a Lúcia Figueiredo! 😀
Velha aliada??? só se for no papel…. Isso sim. Por que sempre que a “aliança” foi activada, só houve um lado que perdeu, e não foram os ingleses….. os famosos amigos de Peniche….. que sempre que vieram “ajudar”, ajudaram-se ainda mais…..
E quanto aos políticos que este país tem, pense nisto que lhe digo…. eles vieram da sociedade portuguesa, de escolas e universidades portuguesas, e famílias portuguesas. Não apareceram por obra e graça de seja quem for, nem vieram de outro planeta ou passaram por uma membrana qualquer de uma dimensão para outra. São produto da nossa sociedade, logo representam o povo que temos e isso é que é assustador….. Ninguém vota porque achamos que tudo fica na mesma, damos azo que que o clientelismo e k caciquismo permaneça e se propague e depois ficamos muito admirados quando nada se fala e as regras do jogo são manipuladas à frente de todos mas o que importa é o SLB, ou o Pinto da Costa ou o Bruno de Carvalho…..
Parece que vivemos nos últimos temos do impérios romano…. Pão e circo na altura, agora é futebol e novelas….. Qual luz qual carapuça minha senhora…. qual luz…..
Isto está a aquecer http://www.reifazdeconta.com e a ficar interessante.
Como assim? O regime da Inglaterra e os Estados Unidos da América do Norte apoiaram a nível político, financeiro, e militar, o nacional-socialismo e o fascismo, porque razão haveriam de ajudar Portugal caso fosse invadido pelas tropas da ditadura monárquica e clerical de Espanha?
Saiba mais sobre o regime da Inglaterra:
– Crimes of Britain
https://crimesofbritain.com/
Sou brasileiro de nascimento de família portuguesa e com cidadania portuguesa adquirida. Portanto Luso-brasileiro com orgulho. É digo que o Brasil não faltaria a Portugal, teria entrado antes do que entrou na guerra. Não duvidem que os 10 milhões de Portugueses tem deste outro lado do Atlântico, uma reserva de 220 milhões de homens e recursos e área maior que a Europa, prontos para atender ao chamado, quando mais precisar.
Obrigado irmão… é bom saber com quem contar. De qualquer modo os espanhóis sempre que nos vieram guerrear levaram porrada da forte, por isso se calhar vinham levar de novo. Fica bem.
Bem pensado, provavelmente não só o Brasil, bem como as ex-províncias ultramarinas que ainda não há meio século guerreava os colonizadores brancos, mestiços e negros.
Velha aliada??? só se for no papel…. Isso sim. Por que sempre que a “aliança” foi activada, só houve um lado que perdeu, e não foram os ingleses….. os famosos amigos de Peniche….. que sempre que vieram “ajudar”, ajudaram-se ainda mais…..
E quanto aos políticos que este país tem, pense nisto que lhe digo…. eles vieram da sociedade portuguesa, de escolas e universidades portuguesas, e famílias portuguesas. Não apareceram por obra e graça de seja quem for, nem vieram de outro planeta ou passaram por uma membrana qualquer de uma dimensão para outra. São produto da nossa sociedade, logo representam o povo que temos e isso é que é assustador….. Ninguém vota porque achamos que tudo fica na mesma, damos azo que que o clientelismo e k caciquismo permaneça e se propague e depois ficamos muito admirados quando nada se fala e as regras do jogo são manipuladas à frente de todos mas o que importa é o SLB, ou o Pinto da Costa ou o Bruno de Carvalho…..
Parece que vivemos nos últimos temos do impérios romano…. Pão e circo na altura, agora é futebol e novelas….. Qual luz qual carapuça minha senhora…. qual luz…..
Só é pena que não tenha executado, pois aí encontrava um sarilho bom, pois nós os portugueses, somos muita coisa, só não somos é divididos como a Espanha, somos um povo há mais de 800 anos, sejamos galegos ou alentejanos, per sei, e esse filho da “puta madre” chocalhava um ninho de vespas.
se Franco invadisse Portugal seria o fim dele e de Espanha. os tugas não se rendem e são duros de roer,coitados dos espanhóis estavam fudidos
Nem que tivesse encomendado teria lido tanta asneira junta