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Hipermercados passam a oferecer sacos de papel e de ráfia

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SXC

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Os hipermercados estão preparados para a introdução da nova taxa sobre os sacos plásticos leves, disponibilizando sacos de ráfia, em alguns casos de papel, e ‘trolleys’ como alternativas para o transporte das compras, disseram à Lusa as empresas.

A taxa sobre os sacos plásticos entra em vigor no próximo dia 15 de fevereiro, mas os hipermercados dizem estar preparados para a mudança, porque nos últimos anos têm vindo a aplicar medidas de sustentabilidade ambiental.

Por exemplo, o Continente vai “disponibilizar sacos de plásticos maiores, mais resistentes, de qualidade superior e que permitem a sua reutilização, a um preço de 0,10 cêntimos”, disse à Lusa fonte oficial da cadeia de hipermercados do grupo Sonae.

A empresa, que recordou que até à data tinha distribuído gratuitamente sacos de plástico oxo-biodegradáveis, adiantou que vai oferecer, a partir de domingo “um saco de compras reutilizável de longa duração a todos os clientes detentores de Cartão Continente, no momento da primeira compra após a efetivação do diploma”.

Além disso, irá também reforçar a gama deste tipo de sacos, bem como de ‘trolleys’ para transporte de compras “a preços acessíveis”, acrescentou.

“O Pingo Doce introduziu recentemente sacos de papel que são mais uma alternativa aos sacos de plástico que, para já, vão continuar a existir. Neste caso, tal como os sacos de ráfia (desde 2008) e os ‘trolleys’ (desde 2011) à venda nas nossas lojas, a taxa sobre os sacos de plástico não se aplica”, disse fonte oficial da cadeia de supermercados do grupo Jerónimo Martins.

Desde 2007 que o Pingo Doce deixou de oferecer sacos de plástico gratuitamente, pelo que “em sete anos vimos diminuir o consumo de sacos de plástico, em peso, em 55%, o que representa uma redução de mais de 13 mil toneladas de sacos depositados em aterro” e uma diminuição “de mais de 26 mil toneladas de emissão de CO2 [dióxido de carbono]”.

A Auchan Portugal Hipermercados,  que detém a cadeia de hipermercados Jumbo, e que “nos últimos seis anos” reduziu “em média 30% de sacos plásticos por cliente”, reforçou toda a sua estratégia e, “como alternativa à compra do saco de plástico”, criou “outras soluções com melhor relação qualidade/preço”, adiantou fonte oficial.

“Continuaremos a dinamizar ações de sensibilização para que o impacto no nosso cliente seja o menor possível com a aplicação da nova lei”, acrescentou fonte oficial do grupo.

O El Corte Inglés vai “cobrar ao cliente final os 10 cêntimos que a lei determina que os comerciantes devem cobrar pelos sacos de plástico leves, continuando a assumir o custo dos mesmos, já que o que o cliente paga pelos sacos de plástico leves é, exclusivamente, o valor da contribuição que é entregue integralmente ao Estado”, disse à Lusa fonte oficial.

“Já quantos aos sacos que tínhamos em ‘stock’, tivemos oportunidade de os gerir de forma a não haver excedentes na data de entrada em vigor da obrigatoriedade de pagamento da contribuição, pelo que não geraremos excedentes de ‘stock'”, acrescentou.

Sobre as alternativas, a mesma fonte do El Corte Inglés adiantou que a empresa “já disponibilizava, mesmo antes desta norma, opções reutilizáveis, designadamente os sacos de ráfia e os ‘trolleys'”, aos quais acrescentam agora “as opções em papel”.

Entretanto, fonte oficial do Grupo Os Mosqueteiros disse à Lusa que o “Intermarché não vai disponibilizar sacos de plástico leves” a partir do próximo domingo.

“Em alternativa, a insígnia do Grupo Os Mosqueteiros apresenta três soluções diferentes, sendo que cada loja, por ser gerida de forma autónoma por empresários independentes, poderá adotar a solução que considerar mais adequada para responder de forma eficaz às necessidades dos clientes daquela localidade”, adiantou.

“As tipologias de sacos que passarão a estar disponíveis nas lojas Intermarché são sacos de plástico mais resistentes e que podem ser reutilizados, sacos de papel, destinados a pequenas compras, e sacos reutilizáveis, para artigos de maior volume”, acrescentou fonte oficial do Grupo os Mosqueteiros.

Já o Lidl Portugal adiantou que não vai passar a ter sacos de papel, apesar de continuar “a oferecer aos seus clientes soluções ambientalmente sustentáveis e que sejam compatíveis com a realidade económica vivida pelo país”.

Fonte oficial da cadeia de retalho alemã recordou que esta tem adotado práticas de consumo sustentáveis e que “irá sempre desenvolver os melhores esforços para continuar a contribuir para a sensibilização dos cidadãos para uma maior consciência ambiental”.

“No que respeita ao ‘stock’ de sacos, não prevemos nenhum excedente em virtude do alargamento do período para a entrada em vigor da nova lei”, acrescentou fonte oficial do Lidl.

Paralelamente, outras empresas vão oferecer sacos reutilizáveis aos seus clientes, como é o caso da NACEX Portugal.

A empresa de transporte expresso do grupo Logista em Portugal anunciou hoje que vai oferecer cerca de 10 mil sacos ecológicos e reutilizáveis aos seus clientes, com o objetivo de promover uma alternativa aos sacos de plástico leves a partir do próximo domingo, altura em que estes estão sujeitos a uma taxa de 10 cêntimos (oito cêntimos mais IVA).

/Lusa

3 Comments

  1. Eu quero ver o que é que os pseudo-ecologistas vão fazer quando os sacos de ráfia começarem a encher os contentores de reciclagem reciclagem. Vai ser muito higiénico também quando o lixo orgânico começar a ir para os contentores a granel!

    • Os políticos de “aviário” são incompetentes e pensam que têm o monopólio da inteligência. No inicio dos anos 80 o então 1º Ministro Mário Soares proibiu os trabalhadores de fazerem mais de 200 horas extraordinárias por mês. Na empresa onde eu trabalhava passou a chamar-se Subsidio de Esforço. Deixem de pagar à Segurança Social e a empresa também e continuamos a fazer as horas necessárias.

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