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Há uma forma barata e eficiente de encontrar coalas. Envolve tecnologia e a Austrália é pioneira

A Austrália lidera o uso inovador de tecnologias emergentes, como drones, para ajudar a encontrar coalas e outros animais selvagens de difícil deteção.

Na Austrália, os incêndios florestais catastróficos do verão passado queimaram cerca de um quarto do habitat dos coalas de Nova Gales do Sul e os especialistas estimam que, na costa norte do estado australiano, cerca de 30% destes animais tenham falecido. Os incêndios e o declínio geral da população fizeram com que a estimativa atual de 36.000 coalas no estado esteja, agora, “desatualizada”.

Uma investigação parlamentar, citada pelo Phys, revelou que, sem a intervenção do Governo, os coalas selvagens em Nova Gales do Sul podem estar muito perto da extinção já em 2050. O relatório recomenda, por isso, o uso de drones, entre outros métodos de deteção.

O uso de drones de deteção de calor para encontrar coalas à noite é um método eficiente que economiza muitos custos, além de ajudar os especialistas a avaliar o número real de coalas no estado australiano. Afinal, este é sempre o primeiro passo para salvar espécies.

Uma equipa de cientistas da University of Newcastle, testou a nova técnica de localização de coalas em Port Stephens, no inverno de 2019. De acordo com a investigação, publicada dia 7 de julho na Australian Mammalogy, revelou que este método é mais eficiente e económico do que as técnicas tradicionais de pesquisa populacional de coalas.

Os cientistas escreveram que, através do método tradicional de procura de coalas com um holofote, “encontramos, em média, cerca de um coala a cada sete horas”. “Com um drone térmico, nas mesmas florestas e à noite, encontramos uma média de um coala a cada duas horas.”

Apesar de os coalas terem notado a presença do drone, os animais não se assustaram. Além disso, o drone também detetou outros animais, como cangurus e vários pássaros, destacando as potenciais aplicações desta tecnologia.

Sob o signo das alterações climáticas, os incêndios florestais estão a tornar-se cada vez mais recorrentes. Uma câmara térmica não será uma grande ajuda numa área recentemente queimada, mas pode ser uma grande aliada na monitorização de áreas afetadas por um incêndio nas semanas, meses e anos após o sucedido, em refúgios isolados ou terrenos difíceis.

ZAP //

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