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Príncipe Harry e Meghan Markle
O documentário do casal com a Netflix está a causar um frenesim no Reino Unido. Um deputado Conservador quer mudar a lei para que o Parlamento possa remover os títulos reais de Harry e Meghan.
Os primeiros três episódios da série documental do Príncipe Harry e da esposa Meghan Markle com a Netflix foram publicados esta terça-feira e já estão a causar muita polémica no Reino Unido.
O casal relatou a sua experiência enquanto foram membros séniores da família real e voltaram a queixar-se da intrusão da imprensa e da cobertura negativa que tem recebido e que os terá “destruído”, relata a People.
Harry afirma que chegou a treinar Meghan sobe como lidar com a fama que ganhou do dia para a noite, instruindo-a a não falar com os paparazzi. O casal revela que Meghan só começou a ter segurança em casa após receber uma ameaça de morte.
Outra das revelações da ex-atriz é sobre a primeira vez em que convidou o Príncipe William e Kate Middleton para jantar na casa que partilhava com Harry. “Lembro-me que estava a usar calças de ganga rasgadas e que estava descalça“, relata.
Meghan diz ainda que sempre gostou de dar abraços, mas que notou um choque cultural com os cunhados neste aspecto: “Acho que comecei a perceber muito rapidamente que a formalidade do lado de fora também existia no lado de dentro”.
A mãe de Meghan, Doria Ragland, também falou publicamente pela primeira vez desde que a filha começou a namorar com o príncipe e relatou quando disse à filha que o escrutínio mediático de que foi alvo se deve à sua raça. “A Meg disse ‘mamã, não quero ouvir isso'”, conta.
A própria Meghan voltou a acusar a imprensa de ter motivações racistas. “Naquela época, eu não estava a pensar em como a raça desempenhava um papel nisto tudo. Eu sinceramente não pensei nisso. Obviamente, agora, as pessoas estão muito cientes da minha raça porque fizeram disso um problema quando fui para o Reino Unido. Mas antes disso, a maioria das pessoas não me tratava como uma ‘mulher negra'”, afirma a Duquesa de Sussex.
A relação tensa de Meghan com o seu pai, Thomas Markle, também foi abordada. “Ela tinha um pai antes disto e agora não tem um pai. Eu culpei-me por isso porque se a Meg não estivesse comigo, então o pai dela ainda seria o pai dela”, revela Harry.
Doria Ragland também atirou farpas ao marido e diz ter ficado “completamente chocada” quando viu o seu ex-marido a participar “neste circo” ao dar várias entrevistas onde criticou publicamente a filha. “Certamente enquanto pai, não se faz isso. Isso não é ser pai”, atira.
Do lado da imprensa, a reacção está a ser negativa. Os tablóides britânicos desta sexta-feira estão repletos de acusações de manipulação por parte do casal, com a imprensa a apontar que o casal tirou fotografias fora do contexto ou usou os exemplos da perseguição à Princesa Diana ou a Kate Middleton para insinuar que terão sido vítimas do mesmo tipo de escrutínio mediático invasivo.
Os media referem ainda que Harry e Meghan são hipócritas ao se queixarem do assédio da imprensa ao mesmo que mostram publicamente momentos privados e íntimos no documentário.
Deputado propõe retirar os títulos ao casal
O deputado Conservador Bob Seely avançou que está a planear apresentar uma proposta de lei para retirar os títulos de Duque e Duquesa de Sussex ao casal. A retirada dos títulos é normalmente apenas feita pelo monarca, mas Seely sugere que o Parlamento faça uma alteração ao Titles Deprivation Act de 1917. Esta lei foi criada para retirar os títulos reais a quem apoiou a Alemanha na Primeira Guerra Mundial.
“Isto é um problema político. Além de criticar a sua família e monetizar a sua miséria para o consumo público, ele está também a atacar algumas instituições importantes neste país”, afirma Bob Seely sobre Harry.
Esta mudança à lei pode mesmo acontecer, não só por causa de Meghan e Harry, mas também por causa do Príncipe André, que é também Duque de York. A deputada Trabalhista Rachael Maskel, que representa um círculo eleitoral que integra o ducado de York, já tem uma lei no Parlamento que dará ao monarca novos poderes para a remoção de títulos e ainda a criação de um comité parlamentar que determine quando um título deve ser removido, relata o The Guardian.
Esta não é a primeira vez que as polémicas em torno de Harry e Meghan ganham contornos políticos. Em 2020, o casal foi muito criticado por falar publicamente sobre as eleições presidenciais dos Estados Unidos e apelar ao voto, estando implícito um apoio aos Democratas e a Joe Biden. Recorde-se que os membros da família real não devem falar publicamente sobre política.
Meghan Markle também foi criticada por telefonar pessoalmente a vários Senadores para fazer lobbying sobre a criação de uma licença de maternidade e usar os seus títulos reais. O congressista Jason Smith criticou a Duquesa por usar os seus títulos reais britânicos, referindo que isto pode ser interpretado como uma interferência do Reino Unido na política interna dos Estados Unidos.
Curioso é que ninguém fala da cor dela… o “problema” racial é causado pela própria. Mais uma vez, a utilização da cor da pele para justificar as críticas ao seu comportamento inadmissível. Se for realeza branca, já pode ser criticada. Mas de for realeza negra, já não se pode criticar porque qualquer crítica seguramente é racismo… francamente!
Concordo plenamente!
Estou totalmente de acordo consigo e sou uma pessoa mestiça. Esta senhora tem usado e abusado do título que lhe foi atribuído por casamento. Tanto ela como o idiota do marido têm ganho muito dinheiro de forma indevida. Só não vê quem não quer que ela se incompatibilizou com a Família Real por toda uma série de razões que não a da cor da pele. Aliás, nos anos 80 a pobre da Sarah Fergunson sem ter feito metade do que ela fez foi muito maltratada pelos paparazi e nunca alegou que essas críticas eram vazadas pela Princesa Diana para ter popularidade. Atualmente, as críticas que ela recebeu devidas ou indevidas são, segundo o pobre do marido, resultantes da ação do irmão o Príncipe William, para ganhar popularidade, como se ele e a Kate precisassem de mais popularidade…