Hangzhou tornou-se numa cidade-fantasma para o G20

@SamCoatesTimes / Twitter

A cidade de Hangzhou, deserta, durante o G20

Para assegurar ao máximo a segurança durante a cimeira do G20, as autoridades chinesas evacuaram uma parte da cidade de Hangzhou e até ofereceram férias patrocinadas a vários cidadãos.

Um terço dos seis milhões de habitantes de Hangzhou foi incentivado a abandonar a cidade, e uma área foi mesmo evacuada. Milhares de residentes foram obrigados a abandonar os seus apartamentos nos prédios perto do local da conferência, com os dissidentes a serem obrigados pela polícia a abandonar a cidade.

Além disso, os trabalhadores vindos de outras cidades deixaram de fazê-lo quando as fábricas onde trabalhavam foram desativadas para cortar a poluição da cidade.

De acordo com o China Daily, a autarquia tinha anunciado, há várias semanas, que “os funcionários não essenciais para a preparação da reunião e os empregados de empresas estatais das nove principais áreas da cidade” teriam direito a uma semana de férias entre os dias 1 e 7, oferecendo subsídios e descontos em zonas turísticas próximas, com o apoio de agências de viagens.

As agências previam que mais de dois milhões de habitantes abandonassem a cidade durante esta semana, um número três vezes maior do que o habitual para esta altura do ano, imediatamente antes do início das aulas.

Além dos incentivos ao êxodo massivo, uma operação especial de segurança colocou agentes armados nas entradas da cidade e forças de elite a vigiar alguns pontos da cidade.

Com todo o aparato de segurança, foi possível a Obama, Merkel e outros líderes mundiais deslocarem-se pelas enormes avenidas da cidade sem qualquer tipo de congestionamento de trânsito (apesar de os jornalistas que viajaram para seguir a cimeira terem que esperar horas antes de poder fazê-lo).

Sem manifestações de contestação nem ameaças de terrorismo, as autoridades chinesas chegaram mesmo a abrir o acesso a sites que costumam estar bloqueados, como o Facebook, Twitter, YouTube ou mesmo o Google, inclusive aos jornalistas, embora cada utilizador tenha que aceder através de um login que permite às autoridades manter a vigilância apertada.

ZAP

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