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Hackers atacaram iPhones durante pelo menos dois anos (e a Apple não sabia)

Uma operação de hackers para colocar implantes de monitorização em iPhones esteve em curso durante pelo menos dois anos, descobriram investigadores da equipa de segurança externa da Google.

Para que o dispositivo ficasse comprometido bastava aceder a um dos sites inseridos na operação. Foi através das páginas em questão que o malware foi implementado nos telemóveis, ao longo de 30 meses, de acordo com o jornal britânico The Guardian. A operação foi descoberta e terminada no início do ano, sendo que a Google alertou a Apple em fevereiro, que lançou uma atualização para corrigir o problema.

Os sites foram visitados milhares de vezes por semana por utilizadores que não suspeitavam de nada, que foram afetados mesmo sem interagir com a página – e mesmo em telemóveis que estavam como sistema operativo atualizado.

Depois disso, os hackers conseguiam ter acesso a vários dados, como localização e passwords, conversas no WhatsApp, Telegram e iMessage, lista de contactos e até acesso a base de dados do Gmail.

Quando o telemóvel era reiniciado o elemento de monitorização era apagado da memória, mas os hackers tinham já na sua posse várias senhas de acesso.

O caso foi publicado no blogue do Project Zero, a equipa de segurança externa da Google que procura vulnerabilidades em várias empresas. No total, dizem, foram explorados 14 problemas neste ataque ao sistema operativo da Apple. “Tudo o que os utilizadores podem fazer e ganhar consciência do facto que a exploração em massa existe”, dizem os especialistas em segurança informática.

É fundamental manter o máximo de cuidado. Uma das ações que devem tomar é ter o telemóvel sempre atualizado com a última versão do sistema operativo.

A equipa revela ainda que só deu sete dias para a Apple corrigir o problema, sendo que normalmente dá 90 dias aos programadores, o que pode ser um indicador da gravidade da situação.

ZAP //

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