Há três portugueses na corrida ao prémio de Melhor Autarca do Mundo

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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

Os presidentes das Câmaras de Lisboa, de Cascais e de Braga integram a lista de 81 nomeados ao prémio de Melhor Autarca do Mundo. Fernando Medina, Carlos Carreiras e Ricardo Rio correm contra os autarcas de cidades como Londres, Roma, Milão e Atenas.

O prémio “World Mayor” é uma distinção atribuída pela The City Mayors Foundation, uma fundação que junta municípios de todo o mundo, e visa destacar o trabalho feito pelos presidentes de Câmara com melhor desempenho ao serviço das suas cidades e vilas.

Assim, os presidentes da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, de Cascais, Carlos Carreiras, e de Braga, Ricardo Rio, juntam-se a nomes como Sadiq Khan, mayor de Londres, e Giuseppe Sala, autarca de Milão, na disputa pelo galardão.

A forma como os autarcas têm gerido a pandemia de covid-19 contribuiu para esta eleição, deixando Ricardo Rio “muito satisfeito” por integrar o “leque restrito” de nomeados, no âmbito de uma iniciativa que “valoriza o papel dos autarcas no desenvolvimento das suas comunidades”, como destaca em declarações à Lusa.

“Se seria sempre uma grande honra, este ano não deixa de ter um sabor especial por os critérios de análise terem incidido sobre a capacidade de resposta à pandemia e à recuperação para o futuro”, aponta ainda o autarca de Braga.

Carlos Carreiras nota que a nomeação “prestigia a capacidade de resiliência de Cascais, a determinação das suas gentes e a sua capacidade de se unir nos momentos difíceis”. Mas “é uma distinção que dispensávamos, pois significaria que não teríamos este pesadelo da pandemia da covid-19″, aponta o mesmo autarca na Lusa.

Os autarcas de Amesterdão (Holanda), Femke Halsema, de Roma (Itália), Virginia Raggi, de Atenas (Grécia), Kostas Bakoyannis e de Marselha (França), Michele Rubirola, também estão na corrida.

Outro nome que integra a lista é Arthur Virgilio Neto, prefeito de Manaus, cidade brasileira onde as reservas de oxigénio se esgotaram devido ao elevado número de casos de covid-19.

Entre os 81 nomeados, estão representados 38 países, sendo 40 da Europa, 17 da América do Norte, 12 da Ásia, 6 da América do Sul, 4 de África e 2 da Oceania.

A lista com os 20 ou 21 candidatos finais ao prémio será divulgada “na segunda metade de Janeiro”.

O galardão foi criado em 2004 para distinguir os autarcas com “visão, paixão e capacidades para tornar as suas cidades lugares únicos para se viver, trabalhar e visitar”, como apontam os organizadores.

Atribuído de dois em dois anos, em 2018, o prémio ficou nas mãos de Valeria Mancinelli, presidente da Câmara de Ancona, em Itália.

Sob a liderança de Mancinelli, “Ancona, a capital da região da costa Adriática, experimentou um forte crescimento económico“, sobretudo devido à forma como recuperou “todo o importante sector da construção naval” que “enfrentava enormes dificuldades” quando ela tomou posse, sustentam os organizadores do prémio.

Susana Valente, ZAP // Lusa

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