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Há cada vez mais criminalidade sexual em Portugal. “É absolutamente assustador”

Nos últimos anos, o número de queixas de abuso sexual de menores aumentou de forma considerável, em Portugal. A cada três meses, a PJ recebe mais de 500 denúncias de abusos sexuais.

À margem da apresentação do livro “Em nome do Pai”, da jornalista Sónia Simões, o diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária, Carlos Farinha, disse que estamos perante um número “absolutamente assustador”.

“O número de novas vítimas por trimestre, nos últimos anos, é absolutamente assustador, anda na casa das cinco centenas para mais”, disse Carlos Farinha, citado pela RTP.

“Quando me perguntam se 500 vítimas são poucas ou muitas: ‘uma vítima é sempre uma vítima a mais'”, atirou Caros Farinha.

“Continuamos a ser um país e uma sociedade com muita criminalidade sexual contra crianças. Isto tem de acabar, temos de fazer alguma coisa para que reduza ou acabe”, acrescentou.

Carlos Farinha acredita que o aumento de denúncias foi encorajado pelo recente relatório da comissão independente aos abusos sexuais contra crianças na Igreja Católica.

Nesse relatório de fevereiro foram registados 512 casos suspeitos de abusos cometidos por elementos da Igreja Católica.

Na perspetiva do diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária, os números despertam a sociedade para uma realidade que sempre existiu, mas que é agora cada vez mais denunciada.

“Aparecem-nos [denúncias] de todos os lados: do educador, da vizinha, do pai do amigo, do jornalista, da sociedade em geral, e a pulverização de origens da informação leva-nos a pensar que estamos a reduzir as cifras negras, que estamos a conhecer mais do fenómeno”, revelou Carlos Farinha.

ZAP //

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