Em 1958, a pressa de vencer a corrida espacial levou os EUA a magicar o Project A119. O plano intitulado de “Um Estudo de Voos de Pesquisa Lunar, Vol 1” consistia, na verdade, em detonar uma bomba de hidrogénio na Lua.
Alterando um pouco o curso da História, poderíamos hoje ter uma Lua ferida.
Corria a década de 1950 e a Rússia, para grande desgosto dos norte-americanos, liderava a corrida espacial, lugar que foi consolidado após o lançamento do Sputnik 1, primeiro satélite artificial do mundo.
Habitualmente atrás dos americanos no armamento, os russos conseguiram mudar esse cenário ao potenciarem cada vez mais o seu arsenal nuclear, e a Guerra Fria começava a fugir aos americanos.
Apesar do acompanhamento norte-americano em quase todas as inovações tecnológicas, a urgência de ficar à frente teve impactos particularmente negativos para os americanos, com fracassos como o lançamento do Vanguard, que seria a próxima lua artificial, não tivesse acabado em chamas no momento do lançamento.
Uma ação espetacular era, do ponto de vista norte-americano, necessária, uma vez que a tecnologia por trás do lançamento do Sputnik permitia que os soviéticos ‘bombardeassem nuclearmente’ o território americano.
Com as bombas de hidrogénio a emergirem como a mais recente e mais destrutiva arma nuclear, os cientistas dos EUA conspiraram, juntamente com a Força Aérea, um plano absolutamente louco para consolidar a posição dos EUA na frente da corrida — explodir a Lua.
Um plano “tecnicamente viável”
Todo o plano, denominado Project A119, seria uma proposta ultra-secreta para detonar uma bomba de hidrogénio na Lua. Após ser desclassificado em 2000, tornou-se público e está disponível online.
Na terceira de 190 páginas do documento intitulado “Um Estudo de Voos de Pesquisa Lunar, Vol 1”, que remete a 1958, vê-se o emblema do Centro de Armas Especiais da Força Aérea na Base Aérea de Kirtland, Novo México, que teve um papel fundamental no teste de armas nucleares.
O autor da proposta, segundo o documento: Leonard Reiffel, um dos maiores físicos nucleares dos EUA, que em 2000 — após a desclassificação do documento que comprova tudo — falou com o The Guardian sobre o bizarro plano, confirmando que este seria “tecnicamente viável” e que seria visto da Terra a olho nu.
“Era claro que o principal objetivo da detonação era um exercício de relações públicas e uma demonstração de vantagem. A Força Aérea queria uma nuvem de cogumelo tão grande que fosse vista a partir da Terra”, afirma.
O programa planeava que a bomba explodisse na “linha cinza” — a linha que separa o lado luminoso do escuro da Lua — de modo a que pudesse ser observada por todo o mundo, a olho nu.
“A explosão seria obviamente melhor se ocorresse no lado negro da Lua e a teoria era que a bomba explodisse na fronteira da Lua, a nuvem de cogumelo seria iluminada pelo sol.”, disse Reiffel, segundo o All That’s Interesting.
E se a Lua tivesse ‘levado’ com uma bomba?
Inicialmente, o impacto da bomba iria formar uma enorme cratera na Lua que hoje conhecemos.
Para além de certamente dividir opiniões éticas, alguns cientistas revelaram que o bombardeamento poderia revelar algo sobre a química lunar e a estrutura interna do satélite, que foi recentemente conhecida.
Além disso, a explosão iria redirecionar completamente a corrida e dar continuidade à luta nuclear.
Viesse a acontecer, os americanos destruiriam não só a Lua, mas também um dos momentos mais memoráveis da sua história — a caminhada de Neil Armstrong na superfície do satélite natural.
Não tivessem percebido que caminhar na Lua consolidaria a sua posição como número um do espaço, o Projeto A119 seria uma alternativa a tal caminhada.
Segundo a BBC, muitos detalhes do misterioso projeto estão ainda escondidos e muitos documentos valiosos foram destruídos.
Enfim! Um mundo gerido por indivíduos que deveriam estar internados em hospícios!…
Americanos e Russos: atrasados mentais e criminosos. Se a Lua fosse destruída (por motivos de publicidade política!), a vida na Terra terminaria.
Parece mentira as mentiras que por aqui correm.