Gyökeres e Debast rugem a abrir a Champions

Rodrigo Antunes / Lusa

Minuto 65! Daniel Bragança encontrou Debast, o belga não pensou duas vezes, preparou um míssil, disparou e a bola só terminou no fundo da baliza deixando Chevalier pregado ao relvado.

Foi desta forma que o Sporting dilatou a vantagem que tinha nascido nos pés do inevitável Gyökeres e dissipou as dúvidas relativamente ao vencedor do jogo de estreia nesta nova edição da Liga dos Campeões.

Os “leões” realizaram uma exibição convincente, controlando quase sempre os ritmos do encontro.

A turma de Amorim ainda abanou um pouco após a saída de Gonçalo Inácio por lesão mas serenaram os ânimos, marcaram nas momentos-chave e ainda “beneficiaram” da expulsão de Angel Gomes, instantes após abrirem o marcador.

O jogo estava amarrado, com as duas equipas a encaixarem tacticamente uma na outra, a excepção ocorreu aos 28’ – já sem o lesionado Gonçalo Inácio em campo – altura em que Pedro Gonçalves foi travado por Chevalier.

Até que no espaço de dois minutos os campeões nacionais construíram uma dupla vantagem e sempre como o mesmo protagonista em acção.

Viktor Gyökeres desatou o nó gaulês aos 38’ e aos 40’ foi travado por Angel Gomes, que viu o segundo amarelo e foi expulso.

O conjunto de Amorim tentou aumentar o ritmo dos acontecimentos e foi em busca do segundo “tento” Quenda cabeceou ao lado, Catamo falhou a festa por centímetros até que surgiu o pontapé canhão de Debast para “matar” as aspirações dos “les dogues” e garantir os primeiros três pontos leoninos nesta versão da “Champions”.

O Lille pouco ameaçou e apenas criou um lance perigo decorria o minuto 88…

No próximo dia 1 de Outubro segue-se a deslocação a Eindhoven, para defrontar o PSV. Por agora o leão festeja, no dia em que os adeptos deixaram (finalmente) de assobiar o hino da Champions.

O jogo em 5 factos

1. “Bravo”, Zeno!

Após uma estreia para esquecer em Aveiro, o internacional belga tem vindo a ganhar confiança ao serviço dos “leões” e já tinha estado num bom plano em Arouca e nesta noite deu sequência às exibições seguras.

Rodrigo Antunes / Lusa

Além do golaço apontado, coleccionou cinco duelos vencidos, dois perdidos, quatro recuperações de bola, cinco acções defensivas, 74 acções com a bola e uma eficácia de 88% nos 60 passes tentados – desperdiçou sete.

2. Domínio verde e branco

O Sporting não consentiu veleidades ao adversário e esteve quase sempre por cima dos acontecimentos terminando a partida com 18 remates, cinco dos quais enquadrados, e 18 acções com a bola na área contrária. O opositor realizou apenas três remates (um no alvo).

3. Chuva de faltas

Sem ter sido um jogo duro, acabou por ter várias interrupções. Os “leões” cometeram 17 faltas e os franceses mais uma.

4. Passes… falhados

Em 431 tentativas, o emblema de Alvalade desperdiçou 57 passes (eficácia de 87%). Sendo que 21 foram de risco, precisamente os mesmos acumulados pelo Lille que no total registou 430 passes – 362 foram correctos (eficácia de 84%).

5. O rei dos dribles

Não obstante o pouco caudal ofensivo do Lille, Edon Zhegrova demonstrou alguns dos predicados do seu futebol acabando o duelo com sete dribles eficazes em dez tentados, para já um recorde na prova.

Melhor em Campo

Insaciável. Viktor Gyökeres continua intratável e voltou a fazer das dele numa exibição super completa. Além do golo da praxe – já leva nove, além de três assistências em sete jogos oficiais -, destacou-se na noite desta terça-feira com três remates e 15 passes progressivos recebidos (recorde no duelo).

Fez 32 acções com a bola (cinco na área contrária), quatro passes para finalização, falhou apenas dois passes em 16 tentados (eficácia de 88%), venceu cinco duelos, perdeu o dobro, sofreu três faltas e acabou por conquistar o cartão amarelo que esteve na génese da expulsão de Angel Gomes.

Não teve uma nota mais elevada devido aos três desarmes que consentiu e aos dez duelos que perdeu. O MVP levou para casa um rating de 8.7.

Resumo

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