O antigo primeiro-ministro confirmou a disponibilidade para avançar com uma candidatura à liderança das Nações Unidas, mesmo sabendo que não vai ser um caminho fácil.
O ex-Alto Comissário da Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, confirmou esta segunda-feira que está disponível para se candidatar ao lugar de secretário-geral da ONU, atualmente ocupado por Ban Ki-moon.
As declarações do antigo primeiro-ministro surgem assim depois do anúncio do Governo em avançar com os apoios a essa candidatura.
Guterres considera que esta candidatura é uma “obrigação” para pôr em prática a experiência e capacidades que tem para ajudar causas nobres ao serviço das Nações Unidas.
“Tudo o que aprendi ao longo da vida, em todas as enormes oportunidades que me foram oferecidas, me cria a obrigação de estar disponível, numa lógica que sempre foi de serviço público e num mundo em situação muito difícil, de pôr a render essas experiências e capacidades ao serviço das causas mais nobres, que são a paz, direitos humanos, causas humanitárias e sustentabilidade do planeta”, afirmou, citado pelo Diário de Notícias.
No entanto, o socialista sabe que esta candidatura não vai ser fácil, essencialmente por dois grandes obstáculos, mas que aceita com “grande honra” esta candidatura por parte do Executivo.
“Não posso ser contrário à ideia de que também as mulheres têm que ter uma oportunidade em relação aos altos cargos”, sublinha Guterres, citado pela TSF, sabendo que há uma grande vontade no seio da organização de o próximo candidato ser uma mulher.
Além disso, existe a vontade de o sucessor para o cargo ser proveniente da Europa de Leste, como solução para um equilíbrio geoestratégico dentro da organização.
“Por outro lado, há questões de organização das Nações Unidas em relação às diversas regiões. Tudo isto tem uma grande complexidade. (…) A minha atitude é muito simples: é de disponibilidade”.
O ex-comissário do ACNUR salienta, porém, que acumula já um grande conjunto de experiências que podem ser vantajosas como candidato, desde ter vivido uma revolução em Portugal, passando pela “primeira linha” da consolidação da democracia, o facto de ter sido líder de um partido, primeiro-ministro e ter trabalhado dez anos “em apoio aos refugiados”.
Questionado pelos jornalistas se estava preparado para este novo desafio, Guterres foi prático: “São coisas para as quais nós nunca estamos inteiramente preparados”.
ZAP
Vagas para pedreiro, não há? Ou ele não quer?
Arrogante, preconceituoso. Não sei o que este traste tem a oferecer pra ONU. Tomara que perca por 1,000,000 de votos a 1.