Greve da Função Pública “não interfere” com negociações, diz Governo

A Frente Comum marcou para o dia 20 uma greve dos trabalhadores da Administração Pública para exigir um aumento dos salários, a valorização das carreiras e a revogação do sistema de avaliação de desempenho dos trabalhadores do Estado (SIADAP).

“O Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública encara com naturalidade o exercício do direito fundamental à greve, que em nada interfere com a postura de diálogo que esta área governativa e as estruturas sindicais têm mantido”, disse ao ECO fonte oficial do gabinete de Alexandra Leitão.

E acrescentou: “Não está neste momento prevista a marcação de uma nova ronda negocial antes do dia da greve”. Nas duas reuniões que já decorreram o Governo entregou aos sindicatos um memorando com os “princípios gerais” das alterações ao SIADAP e ouviu os contributos dos representantes dos trabalhadores.

Os sindicatos têm criticado a Executivo por não apresentar propostas mais concretas. Este, por sua vez, já avançou que dificilmente eliminará as quotas da avaliação, propondo a majoração destas em função das notas dos serviços.

No atual sistema de avaliação da Função Pública, os trabalhadores são avaliados a cada dois anos, mas apenas uma parte tem acesso às melhores notas, que ditam depois o ritmo de progressões na carreira.

A Frente Comum defende que este sistema deve ser substituído por um “sem quotas, formativo, transparente, equitativo e justo”.

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