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Grécia deverá ter eleições antecipadas no Outono

Alexandros Vlachos / EPA

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, cumprimenta a presidente do Parlamento, Zoi Konstantopoulou, que votou contra o acordo com os credores

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, cumprimenta a presidente do Parlamento, Zoi Konstantopoulou, que votou contra o acordo com os credores

A Grécia vai provavelmente realizar eleições legislativas antecipadas no outono, afirmou esta quarta-feira uma porta-voz do Governo grego, depois da perda da maioria parlamentar pelo executivo de Alexis Tsipras.

“É provável que haja eleições no outono”, disse Olga Gerovasili à rádio Vima FM, acrescentando que “isso dependerá da estabilidade do Governo nos próximos tempos”.

Alexis Tsipras afirmou na semana passada que está preparado para eleições legislativas antecipadas para recuperar a maioria, seis meses depois das eleições que o levaram ao poder, em janeiro passado.

O primeiro-ministro grego, líder da coligação entre o seu partido Syriza (149 deputados) e o nacionalista Anel (13), perdeu a maioria depois de em junho ter aceitado um terceiro empréstimo internacional ao país que vai obrigar à imposição de novas medidas de austeridade.

Nas duas votações realizadas em julho no parlamento grego sobre as primeiras reformas exigidas pelos credores, mais de 30 deputados do Syriza votaram contra, o que pode voltar a acontecer quando o acordo global, ainda em negociação, for apresentado ao plenário.

Quando admitiu eleições antecipadas, Tsipras sublinhou contudo que a sua prioridade é concluir o acordo com os credores da Grécia para um terceiro empréstimo que deverá ascender a 80 mil milhões de euros.

“Estamos confiantes no facto de que estamos muito próximos de um texto final”, disse hoje a porta-voz.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse também esta quarta-feira acreditar na possibilidade de fechar o acordo ainda este mês, “de preferência antes de 20 de agosto”, data em que Atenas tem de pagar 3,4 mil milhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE).

/Lusa

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