A estrela mais próxima do Sol, Proxima Centauri, lançou uma explosão recorde. Graças a uma rede de nove telescópios no solo e no Espaço, uma equipa de astrónomos foi capaz de capturar o evento.
Proxima Centauri tem cerca de um oitavo da massa do Sol e é classificada como uma anã vermelha. Apesar de as estrelas estarem sujeitas a chamas ocasionais, esta explosão, observada por cinco dos nove telescópios no dia 1 de maio de 2019, foi uma das mais radicais já testemunhadas.
De acordo com o EuropaPress, a Proxima Centauri ejetou um clarão, ou seja, uma explosão de radiação que começa perto da superfície de uma estrela, considerada uma das mais violentas já vistas em qualquer lugar da galáxia.
“A estrela passou de normal para 14.000 vezes mais brilhante quando vista em comprimentos de onda ultravioleta no intervalo de alguns segundos”, disse Meredith MacGregor, professor assistente do Centro de Astrofísica e Astronomia Espacial (CASA) e do Departamento de Ciências Astrofísicas e Planetárias em Boulder, nos Estados Unidos.
As descobertas, que surgem num novo artigo científico publicado em abril no The Astrophysical Journal Letters, apontam para uma nova física que pode mudar a maneira como os cientistas encaram as erupções estelares.
“Se houvesse vida no planeta mais próximo de Proxima Centauri, teria que ser muito diferente da Terra. Um ser humano neste planeta passaria por momentos difíceis“, disse a investigadora, em comunicado.
A Proxima Centauri tem sido um alvo interessante para os cientistas que esperam encontrar vida além do Sistema Solar.
A estrela é o lar de um planeta, denominado Proxima Centauri b, que reside na zona habitável – uma região em torno de uma estrela que tem a faixa de temperatura certa para hospedar água líquida na superfície de um planeta.