Uma menina de seis anos, que vive na Austrália, pode ser a autora mais nova de sempre a ter um artigo científico publicado numa revista da especialidade.
Grace Fulton tem uma enorme paixão por animais e, aos seis anos de idade, também já tem um artigo científico publicado em seu nome para juntar ao currículo. Segundo o site IFLScience, a menina é a co-autora de um estudo publicado juntamente com o seu pai, Graham Fulton, ornitologista da Universidade de Queensland, na Austrália.
Em comunicado, o cientista afirma que “Grace adora corujas” e recorda que esta “tinha apenas quatro anos quando começou a passar noites na floresta à procura delas”.
No estudo científico, publicado na revista Pacific Conservation Biology, a dupla comparou a presença de corujas num parque de Brisbane com a floresta húmida Mount Glorious.
“A Grace frequentou o trabalho de campo em todas as ocasiões e nunca faltou à escola no dia seguinte. Conseguia ler os dados e dizer qual era a coruja mais comum na folha de Excel e ao estar no trabalho no terreno. Conseguia lembrar-se de momentos que eu esquecia”, conta Fulton ao mesmo site.
Embora não haja nenhum livro de recordes que determine qual é o autor mais novo de sempre a publicar um artigo científico, o IFLScience atreve-se a dizer que Grace poderá agora conquistar esse título. Até porque o caso mais novo conhecido até à data era o de Sophia Spencer, a canadiana de oito anos que se tornou na “autora júnior” no estudo do entomologista Morgan Jackson.
Gosto muito da vossa revista. Traz excelentes artigos e assuntos diversos que informam, creio eu, até o mais cétido cidadão. Espero que continuem a fazer esse excelente trabalho em prol da humanidade.
Essa notícia faz me lembrar de um colega da primária cujo pai era artista plástico e quando o TPC era desenho ele apresentava sempre desenhos fantásticos.
Nao desdenhando da existência de génios infantis, crianças sobredotadas, ou o que se queira chamar-lhes, apenas questiono que rigor científico tem um artigo ou uma revista, quando não é cientificamente aferivel, de firma isenta e independente, a credibilidade dos seus autores.
Embora muitas vezes filho de peixe saiba nadar, o testemunho do papá não me parece preencher esses requisitos.
É claro que o artigo foi submetido a revisão e é o “papá” o verdadeiro autor. a filha é co-autora e tem o seu nome presente como recompensa pela participação, exactamente como acontece entre verdadeiros profissionais: mesmo os que “apenas” conribuem com dados, que outros estudam e de que tiram conclusões importantes, têm os nomes listados entre os co-autores.
Recordemos sempre que na ordem de autoria, o primeiro nome é o do principal “artífice” do trabalho (ou seja, quem suou as estopinhas) e o último é o do orientador/coordenador científico, ou seja, o catedrático que dá prestígio e assegura que o trabalho não seja mais uma ‘pelermice’.