Sergey Dolzhenko/EPA

Volodymyr Zelenskyy
Entre outras, há suspeitas de compras de alimentos a preços duas ou três vezes superiores. Zelenskyy proíbe viagens para o estrangeiro (e vêm aí mais demissões).
Há agitação visível no Governo da Ucrânia, nesta semana.
Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, foi o primeiro a apresentar a sua demissão, na segunda-feira.
O decreto já foi assinado por Volodymyr Zelenskyy, que confirma a saída de Tymoshenko, acusado de conduzir um carro (Chevrolet) que era destinado para outros fins.
A viatura foi cedida pela General Motors ao Governo ucraniano, para o transporte de cidadãos em zona de guerra e para missões humanitárias. Kyrylo Tymoshenko confirmou mas explicou que conduz o carro em áreas que estão ocupadas pela Rússia. Mais tarde, deixou de conduzir o Chevrolet.
Durante a lei marcial, o agora ex-governante também foi visto a conduzir um carro, um Porsche, de 100 mil dólares.
Kyrylo Tymoshenko deverá ser substituído por Oleksiy Kuleba, chefe da administração militar em Kiev.
Já nesta terça-feira, mais demissões de vários altos funcionários do Estado ucranianos. Entre eles o vice-ministro da Defesa (e responsável pelo apoio logístico às Forças Armadas), Vyacheslav Shapovalov.
Shapovalov está envolvido num escândalo relacionado com a compra de alimentos, a preços inflacionados, para militares ucranianos.
O portal ZN relatou, apresentando documentos, que o Ministério da Defesa ucraniano compra comida para militares duas a três vezes mais cara do que o preço que se verifica nas lojas da capital Kiev. Em causa estarão favores à empresa Active Company LLC.
Três dias depois da divulgação dessa investigação, o ministro pediu a demissão “para não ameaçar a estabilidade das Forças Armadas da Ucrânia”, lê-se no comunicado oficial. Embora Shapovalov assegure que estas acusações são “infundadas”.
O vice-Procurador-Geral, Oleksiy Symonenko, também demitiu-se. Symonenko terá ido de férias para Espanha, no mês passado.
E nas próximas horas deve haver mais demissões: o Pravda avança que o Gabinete de Ministros prevê a demissão de cinco chefes de administrações regionais: Dnipropetrovsk, Zaporizhzhia, Sumy, Kherson e da capital Kiev.
Uma reformulação no Governo da Ucrânia aliada a um decreto assinado por Zelenskyy, que proíbe viagens para o estrangeiro – a não ser que as viagens sejam oficiais, com objectivos governamentais.
Todos os funcionários do governo central, vários outros níveis do governo local, agentes da lei, deputados populares, procuradores e todos aqueles que trabalharam para o Estado e no Estado estão proibidos de sair para férias, por exemplo.
“Se quiserem descansar agora, vão descansar para fora da função pública”, afirmou Volodymyr Zelenskyy.
E o presidente da Ucrânia deixou outro aviso: haverá outras “decisões de pessoal” ao longo desta terça-feira.
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Os democratas ucranianos? Não acredito! São todos os santos . Os russos é que são uns malandros.