O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo recusou esta segunda-feira que Portugal possa abdicar de uma “função soberana clássica” como a cobrança de impostos e acusou o Governo de ser “a troika sem a troika”.
“Há pouco tempo criticava outros por irem além da troika e agora quer, na arbitrariedade das decisões políticas, cobrar mais impostos através de Bruxelas. Se o anterior governo ia além da ‘troika’, este Governo é a troika sem troika. É a troika por si e por interposta pessoa”, defendeu Nuno Melo à Lusa.
O executivo socialista de António Costa defende novas fontes de financiamento das instituições europeias a serem criadas com impostos sobre plataformas digitais, indústrias poluentes e transações financeiras internacionais, nomeadamente para o reforço de investimento em segurança e defesa comuns.
Sobre a criação destes três novos impostos, Nuno Melo afirma que “relativamente a esta nova vontade de entrar no bolso dos portugueses, desta vez através de Bruxelas, o CDS manifesta-se frontalmente contra“.
Além disso, o eurodeputado considera que, se António Costa entende que é necessário um aumento do orçamento da União Europeia deve convencer os seus congéneres da necessidade de aumentar as contribuições dos estados-membros, que podem ou não decidir aumentar impostos.
Além disso, o Governo português apoia o aumento da participação de 1% para 1,2% do rendimento nacional bruto de cada Estado-membro para fazer face às necessidades financeiras, sobretudo no período pós-Brexit.
Mas para Nuno Melo, “António Costa e o PS entendem manifestamente que o Estado soberano com tantos séculos como Portugal deve ser transformado numa espécie de região europeia“.
“Depois dos socialistas portugueses terem querido que fossem estrangeiros a escolher os representantes portugueses candidatos ao Parlamento Europeu, com as listas transnacionais, pretende agora o primeiro-ministro, que representa o Estado português alienar uma parcela fundamental da nossa soberania a favor de Bruxelas“, argumentou.
O dirigente do CDS sublinhou ainda que “a função tributaria é uma função soberana clássica dos estados”.
“Não aceitamos que, a par de todos os impostos que já pagamos, alguns dos quais aumentaram largamente, exemplo dos impostos indiretos, se somem outros da lavra e imaginação do doutor António Costa, cobrados diretamente por Bruxelas aos contribuintes portugueses”, defendeu.
// Lusa
Uma coisa é perceber que a UE com o brexit terá que se financiar … embora não perceba o porquê, uma vez que o RU também deixa de ser um beneficiário das políticas Europeias.
Outra coisa é querer aumentar impostos porque sim.
Quando é que os nossos escroquesitos percebem que não há mais espaço?
Este janota, como muitos outros, de vez em quando aparecem para relembrar que têm que votar neles nas próximas eleições europeias. Senão quem vai gastar os dinheiros em jantaradas constantes, passeatas para os amigos e etc, etc etc tudo à conta da UE e do país.
Sabiam que o desconhecido embaixador de Portugal naquele pais estratégicamente importantissimo que é a Estónia se desloca de Jaguar descapotável do estado PT? e aquele que vem de Ferrari e a mulher com outro desportivo (há tempos era um Mercedes SLK 55 AMG), quase em corrida, de outro país de Leste? E os outro que andamos a sustentar e nem sonhamos…
O aumento contínuo dos impostos existentes e a criação de novos impostos não é sério!
As receitas tendem para o limite e as despesas têm que ser igualmente limitadas.
A não ser assim, só resta a fórmula de Mazarino: “Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres: os que trabalham, com o sonho de um dia se tornarem ricos e com um medo insuportável de ficarem pobres. É a esses que devemos sobrecarregar com impostos atrás de impostos, cada vez mais, sempre mais, percebes?! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles se esfalfarão a trabalhar para compensarem o que lhes tirámos. São uma reserva inesgotável!»
Mais uma comédia deste governo. Só vão parar quando chegar ao ponto que ficou Socrates só que agora ainda pior.
Os politicos, de um modo geral, conhecem mal os meandros da criação de riqueza e obtenção de ganhos para liquidar impostos.
Isto é, vivem centrados no jogo político diário, com interesses circunstanciais, não ligando patavina a boas determinações orçamentais que signifiquem gastos socialmente ajustados e não esbanjamento de fundos.
E é assim que aparece agora esta proposta, com a maior naturalidade, a apoiar altas cavalarias e sempre com o pressuposto de: é preciso colmatar uma falha aumentem-se os impostos.
E porque não ajustar a despesa? E porque não reconverter projetos minimizando custos?
É preciso acabar com o princípio governamental que parece “ecumenico” de que só se pode governar, sempre com mais e mais receita fiscal. Pelo passado verifica-se que, se assim fosse, Portugal era o sol da terra.
E não se pense que a União Europeia não terá também muito onde poupar, pois como dizia o outro é sempre uma questão de fazer contas.
O senhor Costa que tanto criticou o governo anterior que até estava de mãos atadas perante a troika por não actuar contra os mesmos com a devida violência que o senhor Costa e companhia entendiam que deveria ser acaba agora com o país já livre da mesma por se transformar ainda mais papista do que o Papa, isto até faz lembrar o outro esquerdista que governa a Grécia que ameaçava tudo e todos e que agora anda feito com a UE e companhia e bem sorridente.
Francamente,.. isto está a tornar-se grave. Este Senhor está a trabalhar mal. Está a abusar da posição que tem como funcionário deste País. Este Senhor é pago para respeitosamente estudar e propor soluções alternativas às acções que toma ou procura tomar quem esta a governar, levá-las a votação e aplicá-las se for caso disso,… não para acusar e tentar sistematicamente provocar desiquilibrios. Ninguem o encarregou duma missão que procura incessantemente estabelecer confusão e tirar partido do interesse próprio à sua promoção. É de lamentar e grave que estejam os Portugueses, seus patrões, a pagar impostos para pagar a funcionários desta estirpe. Há que urgentemente mover um processo disciplinar a este cavalheiro e pô-lo nos carris, ou inclusivamente despedi-lo e contratar um outro funcionário que cumpra. Este Senhor não serve.