Governo recusa afastar Alexandre Guerreiro do Centro de Competências Jurídicas do Estado

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Alexandre Guerreiro / Facebook

Alexandre Guerreiro em Moscovo a 15 de Fevereiro de 2022.

Alexandre Guerreiro em Moscovo a 15 de Fevereiro de 2022.

Gabinete de Mariana Vieira da Silva ressalva que “conforme constitucionalmente consagrado, qualquer cidadão é livre de emitir opiniões”.

Apesar dos apelos deixados por Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social, o Governo não vai afastar Alexandre Guerreiro, comentador que ganhou visibilidade com as frequentes presenças nas televisões a propósito da guerra na Ucrânia, das suas funções no Centro de Competências Jurídicas do Estado.

O esclarecimento foi feito à TSF pelo gabinete de Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, que aponta que “conforme constitucionalmente consagrado, qualquer cidadão é livre de emitir opiniões, sem ingerência de poderes políticos, pelo que a manifestação pública de uma opinião não significa, só por si, qualquer ilícito ou infração disciplinar que fundamente a cessação de um vínculo de emprego público”.

O gabinete fez ainda questão de esclarecer que Alexandre Guerreiro “não integra nenhum gabinete governamental, nem presta apoio a nenhum gabinete de qualquer membro do governo”.

Aquando do seu apelo, Francisco Assis considerou que as funções oficias do comentador, que já foi quadro do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, enxovalham o Estado Português.

“A permanência do dr. Alexandre Guerreiro junto da Presidência do Conselho de Ministros enxovalha o Estado português e colide radicalmente com o posicionamento político publicamente afirmado pelo Governo em relação à bárbara invasão russa do Estado soberano da Ucrânia”, sustentou.

Para o presidente do Conselho Económico e Social, Alexandre Guerreiro é “um colaboracionista do autocrático e criminoso poder instalado no Kremlin”, pelo que “não pode estar associado ao centro nevrálgico do poder político executivo português”.

“É imperioso, em nome da dignidade nacional e do respeito pelo martirizado povo ucraniano, que sejam adotadas as medidas conducentes à supressão desta grave anomalia institucional”, acrescentou Francisco Assis.

ZAP //

4 Comments

  1. Continuo sem perceber o que esse maluquinho faz realmente para o Estado e que cargo ocupa…

    Como é possível chamar a isto “opinião”, quando são mentiras claras?:
    “Não existe uma guerra, a Rússia é uma democracia que cumpre o Estado de Direito e Putin não é um ditador.”

  2. Simplesmente LAMENTÁVEL !………..Mesmo sem nenhum “gabinete Governamental” , está ao serviço do Estado e dentro dos assuntos Internos. Por este andar não sejam picuinhas , negaram o lugar de vice Presidente ao Chega e I.L no Parlamento , há então que os aceitar , já que há liberdade de opinião . Já agora contratem também o Sr. Mario Machado para manter a ordem no mesmo Hemiciclo !……… A moralidade está de rastos, onde deveria afirmar-se !

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