O Ministério da Educação anunciou, esta sexta-feira, uma queda de 90% no número de alunos sem aulas, devido à falta de professores. No entanto, as contas da FENPROF não dizem isso.
De acordo com números do Ministério da Educação, citados pelo Expresso, esta sexta-feira, já “só” há 2.338 alunos sem professor.
Isto indica uma redução de 90% no número de alunos sem aulas, em relação ao ano passado, quando, por esta altura, havia mais de 21 mil alunos nesta situação.
No entanto, estes números não batem certo com as contas feitas pela FENPROF.
Segundo a Antena 1, a Federação Nacional dos Professores incluiu nas contas os 421 horários por preencher na plataforma de contração de escola e concluiu que ainda há mais de 30.400 mil alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina.
De acordo com a FENPROF, o Governo deixou de fora da contagem os professores ausentes, por exemplo, por baixa médica. Durante todo o ano, há sempre milhares de alunos afetados com esta situação. Segundo o próprio Ministério, citado pelo Expresso, neste momento, são cerca de 41 mil.
Em declarações à rádio pública, esta sexta-feira, Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF acusou o ministro Fernando Alexandre de jogar com números.
“Quando no início do ano o ministro Fernando Alexandre pôs como objetivo reduzir em 90%, evidentemente ela ia sempre jogar com números para dizer que conseguiu e teve sucesso”, acusou.
“Não vale a pena jogar com os números; vale a pena é reconhecer que o problema existe, é grave e tem de ser resolvido. A resolução não passa por artifícios com números, nem com medidas precárias que não resolvem nada e que ainda agravam o problema”, acrescentou.
Sempre as manobras com números para ficarem bem na fotografia.
Resolveram em 90% a falta de professores!?
Depois queixem-se!