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Golo de Taremi foi bem anulado? Especialistas esclarecem decisão

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JuanJo Martin / EPA

Muitos contestam a anulação do golo de Taremi já perto do fim da partida. Especialistas em arbitragem defendem que a decisão foi bem tomada.

Atlético de Madrid e FC Porto empataram a zero na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Num jogo sem grandes oportunidades de golo, o episódio mais marcante ocorreu já perto do final.

Aos 80 minutos, Taremi aproveitou um mau atraso de Renan Lodi e, numa bola dividida com Oblak, conseguiu atirar para o fundo da baliza. No entanto, o videoárbitro interveio e invalidou o lance por mão na bola do avançado portista. Na queda, o iraniano parece tocar com a mão na bola, empurrando-a para o fundo da baliza.

Jogadores e equipa técnica não tardaram em contestar a decisão da equipa de arbitragem — mas terão razões para tal revolta?

No podcast “Sem Falta”, da Rádio Observador, o ex-árbitro Pedro Henriques considera que o golo de Taremi “é bem invalidado”. A lei é clara: “Sempre que o golo é feito com a mão ou braço, seja intencional ou não, o lance é anulado”, explicou o agora comentador de arbitragem.

Ainda assim, há quem conteste que o guarda-redes do Atlético de Madrid comete falta sobre o jogador portista. No entanto, Pedro Henriques argumenta que “não há nada por assinalar”, julgando totalmente legal o contacto entre os dois futebolistas.

Jorge Faustino, especialista Record em arbitragem, também entende que o lance foi corretamente julgado pelo videoárbitro da partida. Embora tenha considerado legal o contacto entre Taremi e Oblak, Faustino diz que o iraniano “tocou de forma involuntária com a mão direita na bola”, tendo o golo sido devidamente anulado.

O especialista Paulo Pereira, do VAR Bola Branca, da Renascença, sugere que foi uma “boa decisão” da equipa de arbitragem.

“Depois de muitas repetições, sem intenção, Taremi toca levemente com a mão na bola. A partir daí o lance tem de ser anulado”, refere. “É o cúmulo do azar porque a bola ia entrar na mesma”. Paulo Pereira corrobora a ideia de que também não houve razões para assinalar grande penalidade.

Na conferência de imprensa no final do encontro, o treinador do FC Porto mostrou-se descontente com a prestação do árbitro romeno Ovidiu Hategan.

“Anda não vi o lance, não sei se há penálti antes de uma possível mão. Sei que no lance em que o Mbemba é expulso não há razão para tal. O árbitro foi a equipa que esteve menos bem no jogo. O resto do jogo foi competitivo”, disse Sérgio Conceição.

O técnico português explicou ainda que tirou Zaidu ao intervalo devido ao cartão amarelo que já tinha visto.

“Senti que o árbitro estava a dar amarelos com facilidade aos jogadores do FC Porto e não podíamos arriscar a ficar em inferioridade”, justificou.

Daniel Costa, ZAP //

2 Comments

  1. Foi um golo intencionalmente roubado pelo VAR. Quem diz (e são muitos os comentadores a sul do Mondego) que Taremi tocou a bola com a mão que mostre essa imagem. Vi e revi vezes sem conta as repetições do VAR e nunca vi qualquer toque na mão. Quando a mão bate no chão, existe essa ilusão, mas, analisando o espaço e o tempo, nota-se não passar de ilusão óptica, pois a mão encontra-se, levemente, entre a objectiva e a bola. O VAR, propositadamente, serviu-se dessa ilusão para roubar o FCP. Porque não mostrou imagens do lado oposto, de trás da baliza e por detrás de Taremi? Não existe penalty? Acaso não tivesse sido abalroado pelo guarda-redes, Taremi teria caído? Será que a mão na bola, que dizeis ter visto, teria acontecido? Foi o maior e corrupto roubo que vi, depois de Ricardo ter defendido uma bola sentado, junto às redes de fundo da baliza, contra o União de Leiria, em Alvalade, em que o árbitro a 5 metros e o fiscal-de-linha bem enquadrado, escandalosamente não consideraram golo. Aliás, o fiscal-de-linha, quando confrontado com os jogadores leirienses, suava como um porco todo besuntado, claramente comprometido com o crime perpetrado.

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