O golo que Bruno Fernandes marcou ao Manchester City e que ajudou à vitória do Manchester United por 2-1 é “uma das maiores farsas da Premier League”. É o ex-jogador do United Robbie Savage quem o diz, criticando a tecnologia VAR.
Este lance polémico ocorreu no passado sábado, 14 de Janeiro, e permitiu ao Manchester United iniciar a reviravolta no dérbi contra o Manchester City que acabou por ganhar por 2-1.
Para o ex-internacional galês Robbie Savage, antigo jogador do United, a validação do golo de Bruno Fernandes foi uma “decisão terrível” e um claro erro de arbitragem.
Num artigo de opinião no jornal britânico Mirror, Savage fala de uma “decisão incrível, absurda e, francamente, errada” do árbitro Stuart Attwell por ter considerado que Marcus Rashford não interferiu na jogada que originou o golo “quando ele, efectivamente, protegeu a bola e deixou-a para Bruno Fernandes empatar”.
“É uma das maiores farsas que já testemunhei na Premier League”, assume ainda.
“Não me podem dizer que aquele passe era para qualquer um que não Rashford, ou que o guarda-redes do City, Ederson, pensou que alguém, excepto Rashford, iria jogar a bola”, sustenta também.
Golo anulado pode custar o título ao City
Para Savage foi “uma das piores decisões que já se viu num campo de futebol” e um bom exemplo de como “o olho nu e o bom senso” podem ser “mais úteis do que a tecnologia VAR”.
Além do mais, o antigo jogador lamenta que a decisão pode ter um “impacto” decisivo na disputa pelo título inglês, pois acredita que se o golo tivesse sido anulado, “como dita o bom senso”, “o City teria vencido o Manchester United”.
“Não me digam que um único ponto aqui ou ali não fazem diferença. Há três anos, no primeiro jogo após o confinamento, o Sheffield United teve um golo flagrante negado contra o Aston Villa quando a tecnologia da linha do gol falhou e o jogo terminou a 0-0″, recorda ainda Savage.
No fim das contas, “esse ponto mudou o curso da história”, mantendo o Aston Villa na Premier League graças ao saldo de golos, acrescenta.
VAR anula golos porque unha está fora-de-jogo
Assim, Savage diz que os responsáveis da arbitragem do país têm “um grande trabalho em mãos para resolver as farsas do VAR e a confusão miserável na aplicação actual das leis de fora-de-jogo e de bola na mão”.
“Toda as semanas, os responsáveis do VAR analisam cada golo a pente fino e encontram razões para riscar golos porque a unha do pé de alguém está fora-de-jogo” enquanto “algo tão flagrante, tão óbvio, é permitido porque a redacção da lei não é suficiente para que não seja permitido”, nota, concluindo que é preciso “parar com isso”.
