Germânia, o louco plano de Hitler para uma capital do mundo

Heinrich Hoffmann / German Federal Archives

Berlim era antiquada aos olhos de Adolf Hitler. O ditador alemão idealizou uma capital do mundo, a que chamou de Germânia.

A Germânia, idealizada como “a capital do mundo”, foi um plano proposto por Adolf Hitler no período do Terceiro Reich. A Germânia era um estado idealizado que representaria a expansão territorial da Alemanha e a conquista de terras para o povo alemão.

O arquiteto proposto para esta nova cidade foi Albert Speer. Contudo, apenas uma pequena porção de edifícios foi construída antes do final da Segunda Guerra Mundial.

Do ponto de vista de Hitler, a arquitetura de Berlim na altura era demasiado provinciana, e ele dizia que iria demolir a cidade antiga e reconstruir a cidade de forma muito diferente, tornando a capital da Alemanha a maior e mais importante do mundo.

O plano de Hitler fazia parte de uma visão maior chamada Lebensraum (espaço vital), que procurava justificar a expansão territorial alemã. Hitler acreditava que o povo alemão era superior e precisava de mais território para prosperar, levando à subjugação e remoção de povos considerados inferiores.

O objetivo do plano de Hitler era anexar territórios na Europa Oriental, incluindo partes da Polónia, União Soviética e outros países, para estabelecer uma nova ordem baseada na supremacia alemã. Essas áreas seriam colonizadas por alemães, e a população nativa seria escravizada, expulsa ou exterminada, como parte da política de limpeza étnica e genocídio.

Três anos antes do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1942, Hitler disse: “Berlim só será comparável, como capital mundial, ao Egito, à Babilónia ou a Roma”.

No entanto, o plano de Hitler nunca foi bem-sucedido. A derrota da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial e o colapso do Terceiro Reich puseram fim às ambições expansionistas de Hitler e à implementação da Germânia. O plano ficou apenas na esfera das intenções e dos discursos do regime.