/

26 anos depois dos brutais crimes, genealogia genética e chiclete ajudam a condenar DJ

Raymond Charles Rowe foi preso esta terça-feira depois de amostras de ADN recolhidas de uma garrafa de água e de uma chiclete mascada o terem ligado ao assassinato da professora Christy Mirack, em 1992.

Esta terça-feira, Raymond Charles Rowe, um famoso DJ norte-americano, confessou ter violado e estrangulado, em 1992, uma professora de 25 anos, no seu apartamento em Lancaster. Em tribunal, olhos nos olhos com a família da vítima, Rowe lamentou o sucedido. “Sinto muito. Eu não consigo imaginar a dor que estão a sentir.”

O caso frustrou durante muito tempo os investigadores, até que as autoridades que analisaram o ADN da cena do crime usaram um banco de dados genealógico, disponível ao público, e identificaram a meia-irmã do suspeito. Desta forma, conseguiram chegar até Raymond Charles Rowe, que vivia a poucos quilómetros do lugar onde ocorreu o crime.

Disfarçados, os detetives conseguiram obter uma amostra de ADN através da recolha de uma garrafa de água usada por Rowe e uma chiclete mascada, numa escola onde o DJ tocou no ano passado. Depois disso, compararam o ADN recuperado do tapete da casa da vítima, Christy Mirack.

“Se não fosse a tecnologia moderna e a intervenção divina, provavelmente continuarias em Lancaster, deleitado com a tua fama”, disse o irmão da professora, Vince Mirack, ao réu durante a audiência.

O assassinato ocorreu quatro dias antes do Natal, destruindo o espírito natalício daquela família. “Levaste a nossa Christy. Só espero que o resto da tua vida seja tão doloroso como os últimos 26 anos foram para a minha família”, continuou Vince.

Segundo os investigadores, o colega de Christy Mirack abandonou o apartamento cerca de quinze minutos antes de Rowe ter forçado a entrada. “Mesmo tendo ficado surpresa com a visita inesperada, Christy não deixou de lutar pela sua vida“, afirmou o procurador Craig Stedman, citado pela AP News.

A vítima fora espancada com uma tábua de madeira encontrada perto do seu corpo, estrangulada com a sua própria camisola e violada. A mandíbula estava partida e a autópsia encontrou ferimentos no pescoço, nas costas, no peito e no rosto.

A diretora da escola onde Mirack dava aulas suspeitou das constantes ausências da professora e foi a casa dela, tendo sido a primeira pessoa a encontrar a vítima no chão. Os investigadores não sabem, porém, se Mirack e Rowe se conheciam nem tampouco as motivações do crime.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.