Os investigadores do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC) confirmaram hoje a primeira deteção da uma “galáxia relíquia”, que está intacta desde o início do universo, segundo imagens do telescópio espacial Hubble.
Os resultados da investigação foram publicados na segunda-feira na revista Nature e o IAC explicou que apenas uma de cada mil galáxias maciças é uma relíquia do universo primitivo e conserva intactas as propriedades que tinha quando se formou há milhões de anos.
Quando os investigadores do Instituto de Astrofísica das Canárias e da Universidade de Laguna localizaram esta galáxia, solicitaram a possibilidade de observação com o telescópio Hubble para analisarem os aglomerados globulares que a rodeiam e assim confirmarem os dados que já tinham.
Os aglomerados globulares são agrupamentos de estrelas que flutuam em redor das galáxias e se formaram junto destas durante o seu nascimento.
Há dois tipos de populações de aglomerados globulares: os vermelhos, que nascem com as galáxias maciças, se encontram perto do centro e têm alto conteúdo de elementos mais pesados que o hélio, e os azuis, com menor percentual metálico e que estão ao redor das galáxias maciças como consequência de terem absorvido outras galáxias menores.
Os resultados da investigação publicados mostram que a galáxia NGC 1277 só possui os aglomerados globulares vermelhos que se formaram com ela no seu nascimento e, desde então, se tem mantido inalterada.
A galáxia NGC 1277 fica na área central do Aglomerado de Perseu, a maior concentração de galáxias próximas da Via Láctea e arredores.
// Lusa