Com pompa de Estado e emoção, mais de um milhão presente no último adeus a Isabel II

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Olivier Hoslet / EPA

Funeral de Isabel II

Despedida conta com Marcelo, Biden, Macron e Zelenska, entre os 2 mil convidados. Maior operação de segurança de sempre em Londres.

11 dias depois do seu falecimento, o funeral de Isabel II. Realizou-se nesta segunda-feira, na Abadia de Westminster.

É um dos maiores eventos de sempre e conta com a presença de líderes como Marcelo Rebelo de Sousa (Portugal), Jair Bolsonaro (Brasil), Joe Biden (EUA), Emmanuel Macron (França), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), e ainda Juan Carlos (Espanha) ou Olena Zelenska (Ucrânia).

Não estão presentes Vladimir Putin, presidente da Rússia (por causa da guerra na Ucrânia), e o Papa Francisco, que justificou a sua ausência com motivos de saúde.

Perante estes e muitos outros nomes, foi montada a maior operação de segurança de sempre em Londres. Nesta segunda-feira a capital do Reino Unido conta com membros de todas as 43 forças policiais de Inglaterra e do País de Gales, com mais de 10 mil agentes nas ruas.

O centro de Londres, com ruas desertas, tem barreiras ao longo de 36 quilómetros, nas zonas entre o Parlamento, Abadia de Westminster e Palácio de Buckingham. Foram revistados e selados esgotos e caixotes do lixo, espaço aéreo encerrado temporariamente.

Nesta manhã os interessados em assistir ao cortejo do funeral, entre a Abadia de Westminster e o Castelo Windsor, foram encaminhadas para o Hyde Park, para ver a transmissão através de ecrãs gigantes.

Esta segunda-feira, 19 de Setembro, é feriado nacional no Reino Unido. As grandes lojas, que continuam abertas noutros feriados, fecharam desta vez. As salas de cinema estão abertas para se assistir ao funeral.

O funeral da Rainha Isabel II foi o primeiro com honras de Estado desde 1965, quando morreu o antigo primeiro-ministro Winston Churchill.

Ao longo dos últimos quatro dias, mais de um milhão de pessoas prestaram homenagem, junto do caixão de Isabel II – que faleceu no dia 8 de Setembro, aos 96 anos, e após 70 anos como rainha.

Em Westminster, neste domingo, milhares de pessoas continuavam perto de Westminster (algumas esperaram mais de 24 horas) e tentavam entrar na abadia, mesmo depois do anúncio do encerramento de portas.

O Reino Unido parou durante um minuto, às 20h, como homenagem à sua rainha.

De tarde haverá uma cerimónia privada, só com família, num adeus final a Isabel II, que será enterrada junto aos seus pais, George VI e Elizabeth Bowes-Lyon.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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7 Comments

  1. Os Britânicos sabem que a Monarquia preserva a liberdade e a democracia melhor do que qualquer República. E aqueles entre nós que se queixam da Monarquia salvaguardar privilégios ilegítimos não se dão conta de que pertencer à Família Real imediata é muito mais um sacrifício do que um privilégio. O Monarca, conjuge e filhos sacrificam a sua liberdade de escolha, a sua privacidade, a expressão de talentos particulares, em nome do bem comum, do fortalecimento da unidade da comunidade nacional e da harmonia no seio dessa comunidade. Nas Monarquias o Parlamento democraticamente eleito legisla, o governo democraticamente escolhido governa, e o Monarca é apenas um símbolo da unidade e da identidade nacional. O Monarca não manda, apenas harmoniza.

  2. Monarquia: absoluta:
    forma de governo em que o poder se concentra nas mãos do monarca;

    ~ constitucional:
    forma de governo em que o monarca tem o poder limitado por uma Constituição.

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