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Funcionário da Groundforce agredido por dois passageiros no aeroporto de Lisboa

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Comparsa Fotografia / Flickr

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Um funcionário da Groundforce foi este domingo agredido “brutalmente” por dois passageiros embarcados num voo da TAP que terão conseguido sair do avião e aceder à pista do aeroporto de Lisboa, denunciou o coordenador do SITAVA.

Em declarações à agência Lusa, Fernando Henriques adiantou que o incidente ocorreu de manhã, num voo das 10h30 da TAP, com destino a Paris, em que dois passageiros terão conseguido sair do avião e agredir o funcionário da Groundforce, empresa de assistência em terra nos aeroportos.

De acordo com o responsável do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), os dois passageiros “desceram à placa e agrediram brutalmente um trabalhador da Groundforce, que teve de receber assistência hospitalar“, com suspeitas de “fraturas em duas costelas”, além de várias escoriações.

Fernando Henriques sublinhou que o avião da TAP “estava em posição remota”, ou seja, localizado num ponto da pista que só é acessível aos passageiros por transporte próprio autorizado, o que leva o sindicalista a responsabilizar a companhia aérea pelo facto de os dois passageiros terem conseguido sair do avião.

“Os dois passageiros desceram à placa e presumimos, porque não temos confirmação disso, que o tenham feito com autorização da tripulação porque não vemos de que outra forma um passageiro que já está dentro do avião consegue sair sem ser visto pela tripulação”, criticou.

Contactada pela Lusa, fonte da TAP confirmou que a empresa teve conhecimento do incidente a partir do relatório do comandante da aeronave, que reportou o mau comportamento de dois passageiros e de que estes tinham agredido um funcionário em terra.

A mesma fonte acrescentou que o incidente fez com que o voo saísse atrasado mas não confirmou, no entanto, que os alegados agressores já estivessem dentro do avião antes das agressões ocorrerem.

Já fonte do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou à Lusa que as autoridades policiais do aeroporto foram chamadas por causa deste incidente, tendo os dois alegados agressores sido identificados, mas não foram detidos.

A fonte da PSP acrescentou que aquelas duas pessoas não seguiram no voo em que tinham embarcado, mas disse não saber se os dois homens seguiram ou não noutro voo com destino a Paris. Esclareceu ainda que o funcionário agredido tem agora seis meses para apresentar queixa.

Da parte da Groundforce, a assessora de imprensa adiantou que a empresa está a colaborar com as autoridades e que o funcionário tem intenção de apresentar queixa contra os dois agressores.

De acordo com Joana Nunes, o incidente acontece quando os dois passageiros veem o funcionário da Groundforce a manusear a sua mala “e não gostaram da forma como o funcionário o estava a fazer”.

“Saíram do avião, começaram a discutir e depois passaram para as agressões”, disse a responsável.

Para o coordenador do SITAVA, Fernando Henriques, esta é uma situação que demonstra uma “manifesta falta de segurança”, aproveitando para alertar que podem acontecer novas situações tendo em conta o fluxo estimado para este ano de mais quatro milhões de pessoas, o que pode “potenciar mais situações delicadas”.

// Lusa

9 Comments

    • Mas espera aí: como é que se sai de um avião em “posição remota”? Saltaram para a pista? Com portas fechadas? Esclareçam-me plz.

    • Foram tratados como tratam as bagagens, nada mais. Talvez assim aprendam.

      Viajo 4 vezes por ano e a minha média de duração de cada mala é pouco mais de 3 viagens. Todos os anos tenho pelo menos uma mala nova, paga pela companhia, claro

  1. Lamenta-se as agressões mas infelizmente já vi de tudo.
    Não é a 1.ª vez que as malas aparecem com os fechos partidos ou mesmo danificadas…
    Já assisti a coisas estranhas em que tratam as malas como sacos do lixo. Quando reclamei simplesmente assobiaram para o lado.

    Não basta pagar mais caro pelos bilhetes na TAP para termos o direito de sermos bem tratados…

    Quem sabe desta forma a tap e outras operadoras tomam medidas que visem “estimar” e “cuidar” da bagagem dos passageiros…

  2. Eu sou contra a agressão, mas vamos ver:
    Se houvesse fiscalização do pessoal e da forma como o pessoal trabalha, esse indivíduo já teria sido despedido. Logo não haveria agressão. Então os responsáveis são as empresas envolvidas.
    Isto é um exemplo simples que demonstra a inoperância das empresas e a falta de capacidade na gestão de pessoal.

  3. Lá que a bagagem é mal tratada isso é verdade e desta vez aquele pelos vistos teve azar, são as companhias que prestam o serviço que têm o dever de exigir dos seus funcionários um serviço correto mas pelos vistos nada disso acontece! Talvez fique aqui um bom aviso!.

  4. História muito mal descrita …
    Contudo ainda este domingo 02 Julho 17 neste mesmo aeroporto ,eu,após a chegada dum voo internacional enquanto esperávamos a bagagem,é devido a lentidão dos pax na área do controle de passaportes existia um acumular de bagagens no tapete que impedia a saída de outras malas.(a saída de malas para o tapete é gerido por um sistema eletrônico que só descarrega qdo existe espaço livre no tapete).Um Pax solicitou então aos dois únicos funcionarios visíveis e passantes na área se podiam ajudar retirando algumas bagagens do tapete,como é geralmente usual, ou arrumando melhor as bagagens no tapete para permitir a descarga de mais bagagens.A resposta pouco simpÁtica senão mesmo rude e mal educada destes dois senhores foi “tenham calma ” falando e gesticulando . É lamentável que a Groudforce tenha estes tipo de funcionários com este nível educacional. Vejam as imagens se quiserem no tapete 13 entre as 11.30 e 12.30 hrs no local oposto a saída de bagagens.
    Nós pagamos taxas caríssimas neste aeroporto e seria de bom tom um melhor serviço a todos os níveis neste caso.
    O voo era o TP proveniente de Natal.
    Depois acontecem coisas desagradáveis…
    Mas há muitas mais entre a TAP e a groundfource…infelizmente !

  5. E o trafico de droga ? Empregados da GroundForce com carros + caros q tripulações TAP de comandantes a chefes cabine e tripulações, etc.
    É uma vergonha …
    Apanham 6 a 8 indivíduos esta semana,na semana a seguir já lá estão outros no lugar…
    É sempre a “bombar”✊️, e a facturar €€€…
    Alguém mt grande está a mamar á grande .
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