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Freeman corre o mundo à procura de monstros — e pode ter estado perto de encontrar um

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Richard Freeman corre o mundo à procura de monstros e diz que, em 2008, terá estado muito perto de encontrar o almasty, o yeti da Rússia.

O criptozoólogo Richard Freeman diz que “não devemos ficar surpreendidos” se hominídeos como o yeti da Rússia — conhecido popularmente como almasty — existirem.

Para os mais céticos será complicado acreditar na existência de tais criaturas, mas o britânico está tão convencido que se propôs a correr o mundo à procura de monstros como este. Recentemente, Freeman publicou o livro “In Search of Real Monsters”, que se pode traduzir por “à procura de monstros reais”.

“Muitos animais que conhecemos hoje eram considerados nada mais do que lendas. Por exemplo, o gorila da montanha era este monstro peludo do folclore que ocasionalmente descia das montanhas e arrancava um galho de uma árvore e espancava um elefante até à morte”, disse o criptozoólogo ao Atlas Obscura.

Freeman dá ainda o exemplo da rã-kambo (Phyllomedusa bicolor). Os indígenas da América do Sul diziam que tinha propriedades mágicas e que as suas secreções o impediriam de ter fome e sede. Quando bioquímicos examinaram a sua secreção, descobriram que suprimia os sentimentos de sede e fome.

Há muitos outros exemplos ao longo da história de casos em que as lendas locais mencionavam animais desconhecidos que se viriam a revelar reais.

No Congo, por exemplo, havia histórias sobre um híbrido de girafa e zebra, que acabou por se revelar ser o ocapi.

“Mas agora, acho que as pessoas estão com medo. Têm medo de qualquer coisa que seja remotamente controversa porque têm medo do que os seus pares possam pensar deles”, disse Freeman.

Nem sempre a criptozoologia tem o objetivo de procurar criaturas gigantes e de lendas nativas. “A criptozoologia está igualmente interessada, por exemplo, na redescoberta do pica-pau-bico-de-marfim”, que se pensa ter ficado extinta depois da II Guerra Mundial.

O lobo da Tasmânia foi extinto em 1936, mas Freeman acha que o marsupial carnívoro é o criptídeo com maior probabilidade de ser redescoberto. Um criptídeo é uma criatura cuja existência é sugerida, mas para a qual não existem provas científicas para comprovar.

“Existem grandes áreas da África central, Ásia, Austrália, América do Sul que são desconhecidas. Os grandes dias da zoologia não terminaram. Há coisas que estão a ser descobertas o tempo todo”, salientou Freeman ao Atlas Obscura.

Richard Freeman

O criptozoólogo britânico Richard Freeman.

O criptozoólogo britânico Richard Freeman.

Em 2008, o britânico acredita ter estado muito perto de descobrir um criptídeo, quando estava a vigiar uma quinta abandonada nas montanhas do Cáucaso. Freeman estava à procura do almasty, o yeti russo.

“Por volta das 2h30 da manhã, entramos para nos aquecer. […] Do lado de fora, ouvimos uma grande vocalização gutural. E ouvimos algo a andar na varanda e, seja o que for, era grande. Passou pela porta e bloqueou a luz das estrelas e da lua. O que quer que fosse, tinha que ter pelo menos dois metros e meio de altura. Depois, de manhã, verificamos todas as armadilhas fotográficas, mas tudo o que conseguimos foram fotos da vegetação”, contou o diretor zoológico do Centre for Fortean Zoology.

Daniel Costa, ZAP //

4 Comments

  1. Agora que quase toda a gente tem uma câmara no bolso, porque não temos novas imagens destes monstros? Só há imagens desfocadas!

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