Frederick Woods raptou 26 crianças num autocarro escolar, em 1976, naquele que foi considerado o maior sequestro da história dos Estados Unidos. Agora, o homem está um passo mais perto da liberdade, depois de ter visto o seu pedido de liberdade condicional ser aprovado.
Em 1976, Frederick Woods, James Schoenfeld e Richard Schoenfeld sequestraram 26 crianças, entre os cinco e os 14 anos, que seguiam num autocarro escolar, juntamente com o motorista, em Chowchilla, no estado norte-americano da Califórnia.
Depois de terem conduzido cerca de 12 horas, mantiveram as crianças em cativeiro, enterrando-as vivas numa pedreira, conta o The Independent.
Os homens queriam um resgate de cinco milhões de dólares pelo regresso seguro das crianças a casa, mas o seu plano saiu furado: as linhas telefónicas bloqueadas impediram-nos de comunicar o seu pedido e, cerca de 16 horas após o rapto, o condutor do autocarro e algumas das crianças mais velhas cavaram uma saída.
Woods e os Schoenfeld declararam-se culpados e foram condenados a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. No entanto, a sentença foi anulada.
Richard Schoenfeld foi libertado em 2012 e James em 2015. Woods fez o pedido de liberdade condicional 17 vezes e só agora conseguiu que fosse aceite, apesar de se ter tornado elegível em 1982.
“Eu tinha 24 anos”, disse o norte-americano, agora com 70. “Hoje compreendo perfeitamente o terror e o trauma que causei. Assumo plena responsabilidade por este ato hediondo”, acrescentou, durante o seu discurso numa audiência na semana passada.
A decisão tornar-se-á definitiva dentro de 120 dias e o governador da Califórnia terá depois mais 30 para rever a decisão, que só pode ser revertida em processos em que a condenação é de homicídio. Este não é o caso.
Mundo miserável, justiça podre.
Os familiares das vítimas que façam justiça uma vez que ela não existe.
Quais vítimas? Não morreu ninguém…
O problema é que a grande maioria dos comentadores não lê ou não consegue compreender aquilo que lê. Depois, dá nisto.
Se fosse em Portugal ficava 10 anos preso…